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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S415 (Outubro 2021)
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OCORRÊNCIA DE SOROCONVERSÕES EM DOADORES DE SANGUE DE REPETIÇÃO NO HEMOCENTRO REGIONAL DE SANTA MARIA DURANTE O PERÍODO DA PANDEMIA DE COVID-19
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KLV Perdigãoa,b, RP Lorentza,b, MT Guedesa,b, RC Siqueiraa,b, MMR Nascimentoc, GMR Mariosib, JB Müllerb,c, PG Schimitesb,c
a Universidade Franciscana (UFN), Santa Maria, RS, Brasil
b Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM), Santa Maria, RS, Brasil
c Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 43. Núm S1
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Objetivos

Investigar a ocorrência de soroconversão em doadores no Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM) no período da pandemia de COVID-19.

Material e métodos

Trata-se de uma pesquisa observacional retrospectiva realizada pela coleta de dados do Sistema HEMOVIDA (Sistema Nacional de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia) e dos arquivos do Laboratório de Sorologia do HEMOSM durante o período compreendido entre os meses de fevereiro/2020 a julho de/2021.

Resultados

O número de soroconversões que aconteceram no período estudado foi de 98 casos, correspondendo a aproximadamente 33% dos casos reagentes ou inconclusivos (total de 295) para doenças infecciosas pesquisadas na triagem sorológica. Aproximadamente 44% das soroconversões aconteceram com doadores do sexo feminino e 56% com o sexo masculino. Em relação às doenças infecciosas pesquisadas nas soroconversões, 41,7% foram para Hepatite B (HBV), 24,5% para Hepatite C (HCV), 21,5% para HIVI/II e 12,3% para HTLVI/II.

Discussão

Entende-se por soroconversão o caso de um indivíduo que já doou sangue e teve todas as pesquisas de doenças infecciosas não reagentes ou indetectáveis, mas que, em uma nova doação, apresentou resultados reagentes, inconclusivos ou detectáveis. O acompanhamento do caso implica na pesquisa dos hemocomponentes gerados na última doação em que o indivíduo apresentou todos resultados (para as infecções) não reagentes ou indetectáveis. Essa pesquisa envolve ainda o rastreamento dos hemocomponentes gerados e a repetição da amostra anterior (caso ainda faça parte da soroteca do laboratório). Quando esta situação ocorre, o doador tem seus hemocomponentes desprezados e é convocado ao HEMOSM para coleta de novas amostras a serem empregadas em testes para confirmação, ou então para o acompanhamento do doador pelo serviço até a resolução da situação. O doador pode entrar para a lista nacional de impedidos, no caso de confirmação de alguma das infecções (HCV, HBV, HIVI/II e HTLVI/II), ou apresentar resultados negativos para as pesquisas realizadas, fato que aliado à triagem clínica, pode fazer com que este doador passe a ser apto para doação novamente. As pesquisas de soroconversão fazem parte da hemovigilância e também implicam na necessidade de testagem dos pacientes que receberam os hemocomponentes fracionados da doação anterior àquela em que os resultados foram reagentes, inconclusivos ou detectáveis.

Conclusão

A triagem sorológica é uma etapa crítica e diretamente relacionada à garantia da qualidade e da segurança transfusional, para aqueles que irão receber algum dos hemocomponentes gerados a partir de uma doação, integrando a hemovigilância.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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