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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S348-S349 (Outubro 2021)
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O IMPACTO NA DOAÇÃO DE SANGUE NO ANO DE 2020 DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19: MEDIDAS DE SEGURANÇA IMPLANTADAS EM NÚCLEO DE HEMOTERAPIA DO GRUPO GESTOR DE SERVIÇOS EM HEMOTERAPIA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO
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B Kbl, SD Vieira, LFF Dalmazzo
Grupo Gestor de Serviços de Hemoterapia, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Evidenciar as medidas adotadas pelo Núcleo de Hemoterapia SERUM – Grupo GSH – Rio de Janeiro/RJ a fim de minimizar a possibilidade de contágio pelo SARS-CoV-2 reduzindo o impacto no desabastecimento de sangue e componentes nas unidades abastecidas por este serviço, assim como manter o rastreamento do estado de saúde de seus doadores nos 15 dias subsequentes à doação.

Material e métodos

O estudo incluiu os doadores de sangue no Núcleo de Hemoterapia SERUL – Grupo GSH = RJ/RJ no período de 01 de março de 2020 à 31 de dezembro de 2020. A coleta de dados foi realizada em banco de dados físico (Pesquisa de Satisfação) e eletrônico (Sistema Realblood). Em março de 2020, no início da pandemia, o Ministério da Saúde publicou, através da Nota Técnica n° 13/2020, os novos critérios de inaptidão temporária para a doação de sangue, com destaque para os doadores infectados e contactantes de pessoas diagnosticadas com a COVID-19. Em resposta às medidas de isolamento social e o receio de contaminação, houve redução de 27,88% nas doações de sangue somente no mês de março, impactando diretamente na manutenção dos estoques de sangue em níveis pré-pandemia. Ainda devido à necessidade de isolamento social e à restrição do acesso aos familiares dos pacientes, a captação iniciou o processo virtual, onde familiares e amigos de pacientes internados eram contactados e estimulados a realizar sua doação. Doadores de reposição e restrição foram os grandes atores deste momento difícil, movidos pela solidariedade, maior motivação descrita nas pesquisas de satisfação. Os doadores também foram orientados a comunicar ao Núcleo de Hemoterapia SERUM – Grupo GSH – RJ/RJ quaisquer sinais e/ou sintomas que pudessem sugerir infecção, como febre e diarréia, a fim de que os hemocomponentes em estoque fossem descartados ou os que eventualmente tivessem sido transfundidos, fazia-se necessário acompanhar os receptores. A fim de minimizar os problemas e fomentar as doações que estavam escassas, foi feita a doação de máscaras de tecido, lavável, para os doadores que comparecessem à unidade para doação, assim como intenso treinamento da equipe técnica quanto à utilização correta de EPIs e lavagem das mãos a fim de que o doador se sentisse seguro no ambiente de doação. Os assentos da recepção foram reduzidos em número com a implantação do distanciamento social e a abertura de uma área de escape para espera em ambiente aberto e ventilado, assim como a higienização destes assentos e cadeiras de doação à cada utilização, que também tiveram seu quantitativo reduzido a fim de evitar aglomeração na sala de coleta. Em paralelo foi feita a acreditação COVID-Free onde todas as metas pré-estabelecidas. O número de inaptos por febre, estado gripal e contato com caso suspeito de COVID-19 foi baixo (em torno de 5%), indicando o sucesso nas orientações de precaução e pré-triagem. No correr da aplicação destas ações, houve aumento em torno de 36,8% das doações de sangue quando comparado ao mês de fevereiro, com aumento de 5% para 9,35% nas coletas de plaquetas e hemácias por aférese.

Conclusão

Apesar dos impactos negativos da pandemia, estratégias adotadas pelo Grupo GSH foram essenciais para manter o estoque adequado de hemocomponentes.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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