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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S86-S87 (Outubro 2021)
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LINFOMA PRIMÁRIO DE CEREBELO PÓS TRANSPLANTE HEPÁTICO EM PACIENTE EPSTEIN BARR POSITIVO: RELATO DE CASO
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MP Césara, MCG Silvaa, VMA Bandeiraa, AQMS Arouchaa, ACC Lopesa, JO Vieiraa, MFH Costaa,b
a Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Recife, PE, Brasil
b Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
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Introdução

Linfomas Primários de Sistema Nervoso Central (LPSNC) são neoplasias raras, com origem em linfócitos B CD20 positivos. Representam cerca de 7-14% das neoplasias pós transplante de órgãos sólidos, estando o vírus Epstein Barr (EBV) e o estado de imunossupressão crônico bem estabelecidos como fatores de risco independentes. Tomografia Computadorizada (TC), Ressonância Magnética (RM) e PET-CT são exames de imagem utilizados para avaliação imaginológica, porém o diagnóstico definitivo deve ser feito com anatomopatológico. O tratamento de escolha baseia-se na redução ou suspensão de imunossupressores, uso de Metotrexate (MTX) em altas doses em associação ou não a radioterapia.

Objetivo

Descrever o quadro clínico, o diagnóstico e o desfecho de um paciente com Linfoma Não Hodking B pós transplante hepático EBV positivo.

Materiais e metodos

Após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foi realizada análise de prontuário, revisão de literatura para relato de caso e discussão de caso clínico.

Relato do caso

Masculino 63 anos, com passado de transplante hepático em 2017 por doença hepática alcoólica e hepatite C, em vigência de micofenolato 360 mg 2x ao dia e sirolimus 5 mg 1x ao dia, evoluiu com quadro de cefaleia em região occipital, associado a ataxia e discreta afasia há aproximadamente 02 meses, o que levou a solicitação de cintilografia cerebral com SESTAMIBI-TC, que evidenciou lesões expansivas no lobo parietal esquerdo e hemisfério cerebelar direito, com importante edema perilesional. Realizada biópsia da lesão, com laudo histopatológico compatível com Linfoma de células B, e imunofenotipagem evidenciando marcador CD20 positivo. Sorologias de estadiamento evidenciaram presença de DNA viral de EBV na ordem de 366.793 log, o que motivou o início de tratamento com Ganciclovir venoso na dose de 300 mg/dia.

Discussão

O (LPSNC) é uma neoplasia com elevada associação com EBV e imunossupressão, comum nos pacientes receptores de transplantes de órgãos sólidos. A terapêutica mais eficaz no manejo deste subtipo de linfoma é a suspensão ou redução da imunosupressão vigente, podendo ser utilizados esquemas com altas doses de MTX ou radioterapia local. No paciente em questão, foi optado pela suspensão dos dois imunossupressores, além de início de radioterapia, já que a função hepática é para tratamento com doses adequadas de MTX. Outras opções terapêuticas seriam o Interferon e os Anticorpos monoclonais anti marcadores de células B, como rituximabe. Paciente segue em acompanhamento ambulatorial, em programação para início de tratamento radioterápico.

O texto completo está disponível em PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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