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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S162 (Outubro 2021)
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LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA PH+ E RECAÍDA ISOLADA EM SNC APÓS TMO ALOGÊNICO
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VRS Juniora, LG Carvalhob, MCG Silvac, VMB Arrudac, MP Césarc, MCB Correiaa,b, MFH Costaa,b,c
a Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), Recife, PE, Brasil
b Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Recife, PE, Brasil
c Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Recife, PE, Brasil
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Vol. 43. Núm S1
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Introdução

A positividade para o cromossomo Filadélfia (Ph+) na leucemia linfoblástica aguda (LLA) é a alteração citogenética mais frequente entre os adultos (20%- 30%), sendo mais comum naqueles maiores que 50 anos. Em relação ao quadro clínico, há maior incidência de acometimento de sistema nervoso central, bem como pior prognóstico e resposta ruim ao tratamento instituído. OBJETIVO: relatar as características clínicas, laboratoriais e do tratamento instituído num paciente portador de LLA Ph+. MATERIAL E MÉTODO: Após assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, foi realizada análise de prontuário, revisão da literatura sobre LLA Ph+ com recaída exclusiva em SNC, para relato e discussão de caso clínico.

Caso clínico

Homem, 28 anos, com leucemia mielóide crônica BCR/ABL positivo (LMC Ph+) em uso de imatinibe evoluiu com transformação para LLA Ph+. Fez protocolo HiperCVAD associado a dasatinibe, sendo refrátrio a esta quimioterapia. Seguiu o resgate com IDA-FLAG associado ao dasatinibe, alcançando remissão completa e encaminhado para o transplante de medula óssea (TMO) halogênico aparentado. Três meses após TMO iniciou quadro de cefaléia e turvação visual, com análise de liquor (LCR) com presença de 100% de células blásticas, indicando recaída em SNC. Nessa ocasião, mielograma normal, sendo optado por retornar o dasatinibe e realizar quimioterapia intratecal (dexametasona, citarabina e metotrexato) associado a quimioterapia sistêmica com altas doses de metotrexato e radioterapia de SNC, alcançando remissão completa com LCR negativo para células neoplásicas. Segue em manutenção com POMP e dasatinibe, estável clinicamente e sem queixas.

Discussão

O uso dos inibidores de tirosina kinase (TKI), dasatinibe, nesses casos, bem como o TMO alogênico permanece, a opção curativa, principalmente em pacientes jovens que toleram esta terapia. Neste paciente, o uso de dasatinibe, baseou-se em sua melhor penetração em SNC, bem como em sua maior potência medicamentosa. Recaídas ocorrem em número considerável de pacientes, sendo de suma importância a avaliação de mutações genéticas, principalmente a T315I, para a tentativa de troca de TKI. Em relação a recaída em SNC, está presente em cerca de 30 a 40% das recaídas na LLA.

Conclusão

Mesmo utilizando a terapia padrão com uma excelente combinação (HyperCvad + dasatinibe), seguido de TMO alogênico e mesmo com profilaxia de SNC, este paciente apresentou prognóstico desfavorável, demonstrando a diversidade clínica da LLA Ph+, podendo ser predeterminada com uma análise citogenética detalhada, infelizmente indisponível na instituição.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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