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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S197 (Outubro 2021)
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INTERCORRÊNCIA PÓS TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS: COMPARAÇÃO ENTRE OS CASOS DE TRANSPLANTE AUTÓLOGO E ALOGÊNICO NOS ÚLTIMOS 10 ANOS
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EN Pinheiro, RMPD Santos, AL Silva, AJME Silva, GSC Reis, LMS Castro, LO Mota, PGN Gonçalves, PPC Assayag, AVSVD Berg
Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, PA, Brasil
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Objetivo

Identificar o quantitativo de complicações que ocorreram após o transplante autólogo e alogênico de células-tronco hematopoiéticas (TCTH) nos últimos 10 anos e comparar se os dados são semelhantes ou há maior frequência de intercorrências em um método em relação ao outro. Além disso, busca-se identificar sua distribuição pelas regiões do país.

Material e método

Trata-se de um estudo transversal e descritivo, cujos dados foram obtidos mediante o acesso ao Sistema de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde (SIH/SUS) mediante a consulta ao Departamento de Informática do SUS (DATASUS), referentes ao período de maio de 2011 a maio de 2021. Por se tratar de um trabalho com dados de domínio público, não foi necessária submissão a um Comitê de Ética em Pesquisa (CEP).

Resultados

Em 10 anos houve um total de 10.253 intercorrências pós-transplante autólogo de células-tronco hematopoiéticas, em que a região Sudeste foi responsável por cerca de 72,75% desse total, enquanto as regiões Nordeste e Sul representaram, respectivamente, 19,77% e 7,35%, além da região Centro-Oeste com apenas 0,11%. Em mesmo período ocorreram 7.295 intercorrências pós-transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas, em que a região Sudeste representa 64,5% dos casos, a região Sul representa em torno de 19,3% e a região Nordeste 16,17%.

Discussão

O transplante de células-tronco hematopoiéticas é uma terapêutica recente que apresenta alto risco de morbimortalidade decorrente de suas complicações, risco especialmente visto quando é definido os tipos de transplante. O transplante autólogo é aquele em que se utilizam as células do próprio paciente, coletadas previamente, sendo uma forma relativamente simples de terapia que possibilita o uso de quimioterapia e/ou radioterapia em doses superiores às convencionais. Já o alogênico é quando o paciente recebe células-tronco hematopoiéticas de outra pessoa, sendo indicado em tumores sólidos, especialmente nos cânceres invasivos. Dessa forma, em acordo com essas definições, é visto que o transplante autólogo é mais frequentemente realizado em vista a maior simplicidade em sua realização, assim, mais intercorrências decorrentes desse tipo de transplante serão notificadas, o que corrobora com os dados da presente pesquisa. Ademais, notou-se no atual estudo que a região Sudeste é responsável por mais de 50% das intercorrências em ambos os tipos de TCTH (alogênico e autólogo), informação que evidencia que regiões com equipes transplantadoras mais desenvolvidas e centros médicos mais avançados irão concentrar maior número de ocorrências no contexto de transplante.

Conclusão

Há um grande número de intercorrências e uma clara disparidade entre as regiões brasileiras nesse contexto, além do mais, também há uma evidente diferença no número de intercorrências entre os tipos de TCTH, com prevalência para o transplante autólogo. Contudo, há a necessidade de um estudo mais aprofundado para análise do impacto na saúde.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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