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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S975 (Outubro 2023)
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INCIDÊNCIA DE DIAGNÓSTICOS E DE MORTALIDADE DE LEUCEMIAS NO BRASIL: UMA ANÁLISE DE SÉRIE TEMPORAL
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MFGM Fernandes, IM Almeida, EOA Araujo, LM Pinheiro, MF Pereira, LM Prestes, MS Klaus, PHG Portal, LCDS Costa, VT Nóbrega
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), Porto Alegre, RS, Brasil
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Introdução

As leucemias são doenças hematológicas malignas com caráter crônico ou agudo, podendo ter origem a partir de células imaturas ou da perda de controle de sua maturação. Por seu agressivo quadro, a compreensão da incidência de diagnóstico e de óbitos ofereceria embasamento para políticas de controle efetivas.

Objetivos

Analisar a frequência de casos diagnosticados de leucemia no Brasil ao longo de seis anos, por meio dos dados do painel de monitoramento de tratamento oncológico, e comparar com o número de óbitos resultantes da doença durante o mesmo período.

Métodos

Estudo ecológico observacional em que se utilizou uma análise de série temporal. A revisão foi realizada em uma base de dados de domínio público, o DATASUS, utilizando o programa TabWin. Para analisar as notificações por leucemia (CID 10: C91-95) foram consideradas as médias anuais do período de 2016 a 2021, buscando dados de diagnósticos e de mortalidade por leucemias. Todos os grupos etários estão incluídos nesta análise.

Resultados

Conforme os dados do banco do departamento de informática do SUS de 2016 até 2021, foram feitos 41.008 diagnósticos de novos casos de leucemias e 41.991 óbitos pela doença. No ano de 2016, houve um total de 5.865 diagnósticos e de 7.061 óbitos por leucemias no Brasil, o que representava um decrescimento dessa doença. A partir disso, observou-se no ano de 2017 uma manutenção no número de diagnósticos, além de uma queda de 4,9% na mortalidade da doença, o que manteve seu decrescimento. Em 2018, houve crescimento em ambas taxas, sendo de 19,6% nos diagnósticos e de 6,3% nas mortes, diminuindo em 85% a diferença entre os pacientes diagnosticados e os óbitos. No ano seguinte, de 2019, os óbitos mantiveram-se constantes, enquanto os diagnósticos cresceram 9,8%, chegando no pico do período analisado com 7.786 novos casos, tornando, ainda, os pacientes com leucemias uma população em crescimento. Já em 2020, houve redução tanto no diagnóstico quanto nos óbitos desses pacientes, sendo as taxas, respectivamente, de 9,1% e de 14%, diminuindo também a taxa de crescimento das leucemias no Brasil. No ano seguinte, de 2021, ocorreu aumento de 10,2% nos diagnósticos de leucemias em relação ao ano anterior, mantendo-se os óbitos inalterados. Ademais, obteve-se a maior diferença entre diagnósticos e óbitos, chegando a um crescimento de 703 pacientes. Esses dados, portanto, mostram uma tendência de crescimento de diagnósticos foi interrompida pelo COVID-19, que resultou na queda desses parâmetros, até mesmo pela dificuldade de acesso à saúde no período.

Conclusão

Apesar da alternância na tendência dos diagnósticos no período analisado, houve uma progressiva redução da mortalidade das leucemias no Brasil, contudo essa análise pode ter sido prejudicada devido aos achados decorrentes da influência do COVID-19. Assim, tornam-se novos estudos para o entendimento da tendência da doença, visando melhor preparo do sistema de saúde caso o panorama se altere.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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