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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S758 (Outubro 2023)
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IMPACTO DA IMPLEMENTAÇÃO DA FICHA TRANSFUSIONAL COMO INSTRUMENTO DE PROTOCOLO INSTITUCIONAL PARA A SEGURANÇA DO PACIENTE EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA DO NORDESTE BRASILEIRO
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TC Medeiros, MCS Lira, AACD Nascimento, ELN Costa
Hemocentro Dalton Cunha, Natal, RN, Brasil
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Introdução

A hemotransfusão é procedimento essencial para salvar vidas e melhorar a saúde de pacientes em diferentes circunstâncias, porém envolve riscos. A segurança transfusional visa minimizar e garantir que a transfusão seja uma prática segura e eficaz, tendo como base o estabelecimento de protocolos de segurança do paciente no ciclo pré e pós transfusional. No ato transfusional, a adoção da Ficha Transfusional melhorou uma das etapas do processo, pois garantiu agilidade e confiabilidade na conferência de dados fundamentais ao processo.

Objetivos

Demonstrar o impacto (antes e depois) da implementação da Ficha Transfusional como instrumento de organização institucional na segurança do paciente submetido a procedimentos transfusionais em um centro de referência do Nordeste.

Materiais e métodos

Estudo retrospectivo de abordagem qualitativa realizado no centro de referência de hematologia do Rio Grande do Norte. Foram analisados os documentos institucionais referentes aos casos de reações transfusionais registradas entre os anos de 2009 a 2017, totalizando 64 fichas transfusionais. Os dados foram categorizados e divididos em 04 grupos de reações, sendo analisados tipo antes e depois do desenvolvimento do instrumento. Ao final, foram evidenciados o impacto relativo à notificação dos eventos adversos relacionados à transfusão.

Resultados

Os dados sugeriram a formação das seguintes categorias (alérgicas, febris não hemolíticas, sobrecargas volêmicas e hemolíticas agudas imunológicas). Houve uma média de 7,11% de reações transfusionais anuais antes da implementação da ficha transfusional. Após a adoção da Ficha Transfusional, essa média caiu para 6,6% de reações ao ano. Importante salientar que, dentre as reações notificadas, não ocorreu nenhuma Reação Hemolítica Imunológica, como no período anterior à adoção do instrumento, visto que, na ficha transfusional constam dados de rápida checagem, como o sistema de classificação ABO-Rh.

Discussão

A administração de hemocomponentes é um momento crítico para a segurança do paciente que passa por diversas etapas, desde a prescrição médica, até a transfusão no paciente e monitorização pós procedimento. O ato transfusional tem alto potencial de falhas técnicas. Em torno de 80% das notificações dos principais sistemas de hemovigilância do país são por falha humana. A atuação do profissional da enfermagem bem treinado é crucial para segurança transfusional, uma vez que esses são executores dos principais procedimentos referentes ao ato transfusional. Por serem responsáveis pela verificação final à beira do leito, a enfermagem é a última barreira capaz de detectar eventos potencialmente letais. É nesse contexto que a Ficha Transfusional se insere e permite conferência segura e rápida dos dados pré-transfusionais, garantindo a identificação correta do paciente, do hemocomponente prescrito, da classificação ABO-Rh (correlação entre doador e receptor), dentre outros.

Conclusão

A rede de processos que envolve a transfusão sanguínea permeia interações entre profissionais (médicos, bioquímicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem e técnicos em hemoterapia), que têm papel relevante na segurança transfusional. Assim, o documento supracitado auxiliou positivamente o estabelecimento de rotinas para a segurança do paciente uma vez que garante acesso rápido a informações relevantes ao processo transfusional seguro, diminuindo quali-quantitavamente a ocorrência de reações transfusionais.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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