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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S578 (Outubro 2023)
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IDENTIFICAÇÃO DE PACIENTES COM LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA PHILADELPHIA-LIKE POR TÉCNICA DE FISH EM UMA COORTE PEDIÁTRICA
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J Yajima, AA Cardoso, L Prandi, C Omae, MC Della-Piazza, JA Yunes, DR Lucon, ME Bosso, NA Migita, SR Brandalise
Centro Infantil Boldrini, Campinas, SP, Brasil
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Objetivo

Avaliar a incidência de pacientes portadores de leucemia linfóide aguda Philadelphia-like (LLA Ph-like) em uma coorte de 125 pacientes pediátricos tratados no Centro Infantil Boldrini.

Material e métodos

Análise de painel de FISH para detecção dos rearranjos cromossômicos usando sondas breakapart (Zytovision): ABL1 (9q34), ABL2, PDGFRB, CSF1R, NTRK3, IGH, CRLF2 em amostras de medula óssea de 125 pacientes portadores de leucemia linfóide aguda B-derivada (LLA-B) no período de janeiro/2021 a julho/2023.

Resultados

Foram avaliados 125 pacientes pediátricos portadores de leucemia linfóide aguda. Dentre eles, 8,8% (11 casos) foram Ph-like, 18,4% (23 casos) não apresentaram alterações cromossômicas no catiótipo e/ou no FISH para pesquisa de translocações da LLA-B (BCR-ABL1, ETV6-RUNX1, TCF3-PBX1, KMT2A) e 72,8% (91 casos) apresentaram outras alterações cromossômicas (hiperdiploidia, translocações da LLA-B e deleções). Os 11 casos de Ph-like apresentaram o seguinte perfil de fusões gênicas: del PAR1 (54,5%), IGH (18,2%), CRLF2 e IGH (9,1%), PDGFRB e IGH (9,1%), ABL1 (9,1%). E 5 pacientes (45%) também foram classificados como Ikaros (IKZF) plus positivo. Na avaliação da Doença Residual Mínima (DRM) por NGS (Next Ggeneration Sequencing) no final da indução (dia 33), 63% dos pacientes identificados como Ph like apresentaram DRM positivo (> 5×10-4).

Discussão

Nos protocolos quimioterápicos atuais, a leucemia linfóide aguda pediátrica atinge níveis de cura acima de 90%, portanto torna-se cada vez mais importante identificar os subgrupos de alto risco de recaída para possíveis mudança de tratamento de primeira linha e aumento das taxas de cura. A identificação de rearranjos cromossômicos na LLA-B é uma ferramenta fundamental para a estratificação dos pacientes e para definição do tratamento adequado. A LLA Ph-like é um subgrupo sabidamente de pior prognóstico, porém a sua identificação pode permitir a adição de terapia alvo ao tratamento quimioterápico. Trata-se de um subgrupo de expressão gênica heterogênea, essas alterações podem ser agrupadas em subclasses de acordo com as vias de sinalização, sendo o ABL1 e o JAK/STAT as principais vias. A terapia alvo pode ser realizada com dasatinibe ou imatinibe nas alterações da via do ABL1, com ruxolitinib na via do JAK e com larotrectinib nas alterações do NTRK3. Dentre os 125 pacientes avaliados nesse estudo, apenas 23 (18,4%) não tiveram alterações cromossômicas identificadas. Dos pacientes identificados como Ph-like, 63% apresentaram DRM positivo no final da indução, fator que sabidamente leva a pior prognóstico.

Conclusão

A identificação de subgrupos de LLA e seu valor prognóstico demonstram ser uma das vias para alcançarmos melhores taxas de sobrevida através de tratamento direcionado para as alterações genéticas encontradas.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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