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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S133 (Outubro 2021)
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FREQUÊNCIA DE SUBPOPULAÇÕES DE PRECURSORES TERMINAIS ERITROIDES EM NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS PH – NEGATIVAS
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GD Barrettoa, VL Bassana, PBV Palmab, JP Lettieric, PMM Garibaldic, MCO Rodriguesc, DT Covasb, LL Figueiredo-Pontesc, S Kashimab, FA Castroa
a Departamento de Análises Clínicas, Toxicológicas e Bromatológicas (DACTB), Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
b Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
c Departamento de Imagens Médicas, Hematologia e Oncologia, Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
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Introdução

Neoplasias Mieloproliferativas (NMP) são desordens hematológicas caracterizadas pela expansão clonal e proliferação exacerbada de células precursoras e maduras pertencentes à linhagem mielóide. A elevada proliferação celular gera o acúmulo de células mielóides na medula óssea e no sangue periférico, ocasionando alta viscosidade sanguínea e risco de eventos cardiovasculares. Este trabalho investigou a eritropoese nas NMP clássicas, representadas pelas doenças Policitemia Vera (PV), Trombocitemia Essencial (TE) e Mielofibrose (MFP). A fisiopatologia destas NMP está associada às mutações iniciadoras nos genes Janus Kinase 2 (JAK2), Calreticulina (CARL) e Receptor de Trombopoetina (MPL), que estimulam a ativação constitutiva da via JAK2-STAT. Apesar dos conhecimentos sobre a fisiopatologia destas desordens, os mecanismos celulares e moleculares associados ao aparecimento das mutações, progressão e ativação da via JAK/STAT não foram totalmente elucidados. Além disso, permanece incógnita a maneira pela qual a mutação em JAK2 é capaz de originar três diferentes doenças e alterar o processo de eritropoese principalmente na PV.

Objetivos

Quantificar a frequência dos precursores terminais eritroides nas amostras de medula óssea de pacientes com PV, TE, MFP e doadores saudáveis de medula óssea.

Materiais e métodos

Foram estudadas 20 medulas ósseas, sendo 10 de pacientes (5 de TE e 5 de PV) e 10 controles. As medianas de idade foram 62 anos na PV, sendo um paciente do sexo feminino e quatro do sexo masculino; na TE, foi de 69 anos, sendo um paciente do sexo feminino e quatro do sexo masculino; a mediana de idade dos controles foi de 31 anos, sendo quatro do sexo feminino e seis do sexo masculino. As frequências dos precursores terminais eritroides foram estabelecidas por citometria de fluxo, utilizando-se os anticorpos anti-CD45, CD235a (Glicoforina A), CD49d (α-4- integrina) e CD233 (Band3). Foi obtido um gradiente de diferenciação terminal eritroide e, por meio dele, foram realizados sortings celulares das subpopulações de Proeritroblastos (PRO), Eritroblastos Basofílicos (BASO), Eritroblastos Policromáticos (POLI) e Eritroblasto Ortocromáticos (ORTO) e posterior Cytospin para avaliação morfológica e confirmação das subpopulações de progenitores eritroides terminais nas medulas ósseas de pacientes e controles.

Resultados

Pacientes com PV e TE apresentaram alteração nas frequências de progenitores eritroides em comparação aos controles. A diferença nas frequências foi notada em todas as subpopulações de progenitores. Houve diminuição na frequência de PRO, BASO e POLI e aumento da subpopulação ORTO em comparação com os controles. Na comparação das frequências de precursores eritroides entre pacientes com PV e TE, não houve diferença estatística entre as subpopulações.

Discussão

Pacientes com PV e TE apresentaram aumento na frequência do progenitor eritroide terminal ORTO, o que pode sugerir o aumento na frequência de células eritroides maduras nas doenças. A redução na frequência dos precursores eritroides PRO, BASO e POLI sugere a ocorrência de possíveis alterações na dinâmica do ciclo celular e nos mecanismos que regulam a proliferação e maturação das células da linhagem eritroide nestas doenças. Não foram observadas diferenças de frequência entre pacientes com PV e TE.

Conclusão

As frequências de subpopulações de precursores eritroides parecem estar alteradas nos pacientes com PV e TE em comparação com as frequências de subpopulações dos precursores eritroides nas medulas ósseas saudáveis.

Palavras-chave: Eritropoese; Maturação celular; Neoplasias Mieloproliferativas; Precursores terminais eritroides.

Financiamento

CAPES – 88887.369858/2019-00; FAPESP – 2018/19714-7; CTC – 2013/08135-2.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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