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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S22 (Outubro 2021)
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EXPRESSÃO DO POLIMORFISMO NOS3 -786 T>C E METABÓLITOS DE ÓXIDO NÍTRICO NA OCORRÊNCIA DE ÚLCERA DE PERNA EM PACIENTES COM DOENÇA FALCIFORME
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EDC Santosa, PVB Santanaa, JA Pachecoa, CC Guardab, LCGC Luiza, CM Kanetoa, EV Adornoc, TCC Fonsecad, MS Gonçalvesb,c, MM Aleluiaa
a Laboratório de Patologia Aplicada e Genética, Departamento de Ciências Biológicas, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Ilhéus, BA, Brasil
b Laboratório de Investigação em Genética e Hematologia Translacional (LIGHT), Instituto Gonçalo Moniz (IGM), Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ), Salvador, BA, Brasil
c Laboratório de Pesquisa em Anemias, Departamento de Análises Clínicas e Toxicológicas, Faculdade de Farmácia, Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, Bahia, Brasil
d Departamento de Ciências da Saúde, Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), Ilhéus, BA, Brasil
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A doença falciforme (DF) compreende um grupo de hemoglobinopatias que possui, em comum, a presença da hemoglobina S e fisiopatologia multifatorial, resultando em hemólise intravascular, vasculopatia e variabilidade de manifestações clínicas. Nesse contexto, surge o polimorfismo NOS3 -786 T>C, o qual consiste em mutação de ponto no gene NOS3 e consequente redução na produção endotelial de óxido nítrico (NO). No entanto, o papel do polimorfismo NOS3 -786 T>C na ocorrência de úlcera de perna falciforme, lesão cutânea no maléolo de membros inferiores, não é suficientemente explorado. Desta forma, este estudo objetivou avaliar expressão do polimorfismo NOS3 -786 T>C e níveis séricos de metabólitos de NO (NOm) na ocorrência de úlcera de perna em pacientes com DF. Este estudo de corte transversal descritivo foi realizado no Centro de Referência a Doença Falciforme de Itabuna (CERDOFI), Bahia, no período de julho a novembro de 2019. Foram incluídos 69 pacientes com DF em estado estável e fora de terapia transfusional, sendo 52 pacientes sem úlcera de perna (UP-) e 17 pacientes com úlcera de perna ativa ou história prévia (UP+). Com devida aprovação do comitê de ética e após a assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, foram coletados 15 mL de sangue periférico para dosagem sérica de NOm pelo método da reação de Griess. A expressão do polimorfismo NOS3 -786 T>C foi realizada por reação em cadeia da polimerase seguido de digestão enzimática. As análises estatísticas foram realizadas no programa SPSS versão 20.0 e GraphPad Prism versão 6.0. Valores de p < 0,05 foram considerados significativos. As análises demonstraram níveis reduzidos de NOm em pacientes UP+ (p < 0.05). Em relação ao polimorfismo NOS3 -786 T>C, 40,4% (21/52) dos pacientes UP- e 64,7% (11/17) dos pacientes UP+ apresentaram o genótipo TT, além de 53,8% (28/52) dos pacientes UP- e 29,4% (5/17) dos pacientes UP+ com o genótipo TC. O genótipo CC incidiu em 5,8% (3/52) dos pacientes UP- e 5,9% (1/17) dos pacientes UP+. De modo geral, houve maior frequência do polimorfismo NOS3 -786 T>C na cohort analisada, contrastando com alguns estudos realizados em outras localizações geográficas, permitindo sugerir que a etnicidade da população falcêmica pode influenciar na distribuição deste polimorfismo. A frequência predominantemente reduzida do polimorfismo NOS3 -786 T>C em pacientes UP+ sugere que este polimorfismo pode não constituir fator potencial para o surgimento das úlceras de perna falciforme. Desta forma, níveis reduzidos de NOm em pacientes UP+ sugere a existência de outros fatores na redução da biodisponibilidade de NO plasmático sem influência do polimorfismo NOS3 -786 T>C. Em suma, o presente estudo demonstra um perfil oxidativo em associação à úlcera de perna falciforme. No entanto, o polimorfismo NOS3 -786 T>C pode não ser um fator modulador desta via oxidativa, indicando a necessidade de estudos adicionais na avaliação de potenciais fatores que influencie a biodisponibilidade de NO em pacientes com úlcera de perna falciforme.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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