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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S296-S297 (Outubro 2023)
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EXAMES DE ALTO CUSTO E AS DIFICULDADES DE ESTRATIFICAÇÃO DE RISCO E PROGNÓSTICO PARA GUIAR O TRATAMENTO DE LEUCEMIA AGUDA
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LMSD Santosa, MFLD Santosb, TMM Oliveirab, MCFD Santosb, GRL Feitosaa, MEM Moreiraa, GBC Juniora, LBA Santosb, RDA Soaresa
a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil
b Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), Natal, RN, Brasil
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Vol. 45. Núm S4

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Objetivos

A leucemia aguda (LA) é um câncer hematológico que atinge a medula óssea, alterando as células imaturas produzidas por este órgão e resultando em acúmulo de blastos no organismo. A utilização de exames de citogenética e biologia molecular é de fundamental importância para indicar o tratamento mais adequado e auxiliar na estratificação do prognóstico da doença. Este trabalho tem como objetivos quantificar os pacientes com leucemia aguda que realizaram os exames de biologia molecular e citogenética, e analisar as principais dificuldades encontradas para a não realização dos mesmos.

Material e métodos

Trata-se de um estudo quantitativo, descritivo e analítico, através de entrevista e pesquisa documental, por meio do acesso a registros laboratoriais individuais e prontuários hospitalares. Foram analisadas informações de 92 pacientes diagnosticados com leucemia aguda, de todas as idades, no período de outubro de 2020 a julho de 2023, provenientes de instituições de saúde públicas e privadas do estado do Rio Grande do Norte.

Resultados

Dentre os 92 pacientes analisados, 77% são atendidos apenas pelo SUS e 23% utilizam planos de saúde privados. Do total de pacientes, 28 realizaram o exame de citogenética, equivalente a 30%, e em relação às análises por biologia molecular (como BCR/ABL, FLT3, NPM1, CEBPA, cKit, TP53 e PML Rara), 17 dos 92 pacientes realizaram algum desses exames, totalizando apenas 18% dos participantes do estudo.

Discussão

Um grande desafio para que a estratificação de risco dos pacientes com leucemia aguda seja completa e tenha dados para se basear é que, como já visto dentro dos resultados, grande parte dos pacientes analisados não realizaram os exames supracitados. Isso pode ser explicado perante o fato de que o Sistema Unificado de Saúde (SUS) do Rio Grande do Norte não disponibiliza a realização destes exames, e o SUS é o meio mais utilizado pelos pacientes analisados para tratamento da LA. Segundo a portaria GM/MS Nº3.721 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2020, apenas o exame BCR-ABL por biologia molecular foi incluído nos procedimentos disponibilizados. E com isso, podemos ainda adicionar entre a problemática, a dificuldade que seria de se custear tais exames, frente seu alto custo, demandando muito da renda dos pacientes.

Conclusão

Consoante resultados obtidos no presente estudo, é possível afirmar que ocorre uma escassez de dados que poderiam estar sendo utilizados para uma ampliação do conhecimento sobre a LA. Além disso, perante uma doença a qual o portador possui baixa sobrevida, muitos ficam sem realizar os devidos exames que poderiam auxiliar seu tratamento e, provavelmente, aumentar a estimativa de vida. Portanto, para uma melhor estratificação do prognóstico de LA, e visando um melhor acompanhamento dos afetados, os exames de biologia molecular e citogenética se mostram essenciais.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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