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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S285 (Outubro 2021)
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ERITROVÍRUS B19 EM PACIENTES PEDIÁTRICOS: REVISÃO DA LITERATURA
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EYK Ueda, PRA Lemaitre, REV Castro, IP Prado, PVS Barbosa, RAD Santos, HRD Santos, TP Piva, FRVL Baptista
Fundação Técnico Educacional Souza Marques, Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Objetivos

O eritrovírus humano B19 é um vírus da família Parvoviridae constituído por uma cadeia de DNA com tropismo pelas células eritropoiéticas precursoras da medula óssea. Essa relação da patogênese do vírus desencadeia a inibição das formação de hemácias e efeitos citotóxicos levando a um quadro clínico variável conforme a idade. A faixa etária mais afetada é a de menores de 14 anos. Este estudo tem como objetivo destacar a importância do conhecimento sobre as diferentes formas clínicas do eritrovírus B19 na pediatria, para ser uma opção de hipótese diagnóstica na análise sindrômica.

Materiais e métodos

O presente trabalho é uma revisão de literatura baseada nos bancos de dados Google Acadêmico, UpToDate, Scielo, PubMed, biblioteca da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, num espaço amostral de 2001 a 2021, em línguas português e inglês. As palavras chaves foram: “síndrome de imunodeficiência adquirida”, “aplasia”, “parvovírus humano B19”, “hidropsia fetal”, “eritema infeccioso”, ”eritrovírus”, “diagnóstico”, “doenças hematológicas”,”anemia”.

Resultados

Na literatura, encontram-se as principais doenças relacionadas com o eritrovírus B19: eritema infeccioso, crise aplásica transitória, hidropsia fetal, artropatia e síndrome hemofagocítica. O eritema infeccioso é a manifestação clínica mais comum presente na faixa etária escolar. Destaca-se o rash cutâneo associado a uma febre baixa/moderada. A crise aplásica transitória é uma outra importante patologia a ser conhecida e consiste na redução dos níveis basais de hemoglobina, com palidez, fadiga, letargia, febre, cefaléia e náuseas; ocorre em indivíduos que apresentam doença hematológica hemolítica. É mais comum em crianças, sobretudo nas portadoras de anemia falciforme. É válido mencionar que a infecção aguda na gestação pode levar à transmissão placentária, resultando em neonatos com hidropsia fetal e sendo uma importante causa de óbito fetal.

Discussão

É importante conhecer a infecção pelo eritrovírus B19 a fim de criar hipóteses diagnósticas para a clínica cotidiana. Deve-se pensar como diagnóstico diferencial de doenças exantemáticas da infância, como rubéola, sarampo, varicela, infecções enterovirais e por estreptococos do grupo Am na presença do rash cutâneo. A crise aplásica transitória deve ser conhecida pelos profissionais da saúde e ser identificada como possibilidade em pacientes falcêmicos. Além disso, é importante o conhecimento da prevenção (lavagem de mãos e isolamento de contato de crianças com quadro clínico de rash) em gestantes, para prevenção do quadro de hidropsia e óbito fetal.

Conclusão

Desse modo, baseado na literatura investigada, concluiu-se que as principais doenças relacionadas com o eritrovírus B19 acometem a população pediátrica, sendo uma etiologia importante de conhecimento, com a clínica clássica do eritema infeccioso, de hidropsia e óbito fetais.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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