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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S68 (Outubro 2021)
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COMPARAÇÃO DOS GASTOS EM SAÚDE POR LINFOMA NÃO-HODGKIN ANTES E DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19
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AJME Silva, LMS Castro, PGN Gonçalves, AL Silva, EN Pinheiro, GSC Reis, LO Mota, PPC Assayag, RMPD Santos, AVSVD Berg
Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, PA, Brasil
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Vol. 43. Núm S1
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Objetivos

Analisar comparativamente as características relativas aos gastos dispensados em saúde para tratamento de pacientes internados por Linfoma não-Hodgkin antes e durante a pandemia de Covid-19.

Material e métodos

Este estudo possui caráter transversal, descritivo e retrospectivo. Os dados utilizados foram obtidos mediante o Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), em que foi analisado o perfil de internações ocasionadas por Linfoma não-hodgkin, bem como os gastos empreendidos com tais pacientes no período de janeiro de 2019 a dezembro de 2020, por região no país.

Resultados

Durante a pandemia, houve redução de 9,84% no número de internações (17.443 em 2019 e 15.725 em 2020) e de 9,46% no valor total gasto com pacientes portadores de Linfoma não-hodgkin (R$ 35.083.926,83 em 2019 e R$ 31.761.600,24 em 2020). Em contrapartida, houve um aumento de 0,42% no valor médio gasto por paciente (R$2.011,35 em 2019 e R$2.019,82 em 2020). A média de permanência em 2019 foi de 7,6 dias, enquanto que no período de pandemia reduziu para 7 dias. A taxa de mortalidade também obteve queda de 1,01% quando comparado ao ano anterior da pandemia de Covid-19 (8,82% em 2019 e 7,87% em 2020).

Discussão

Diante de tais resultados, observa-se que há uma redução significativa no número de internações relacionadas ao Linfoma não-hodgkin, contrastando, com o relatório de 2020 do INCA, no qual, o estado o Rio de Janeiro apresentou uma queda na quantidade de internações por causas oncológicas (13.438 em 2019 e 10.384 em 2020). Tal fato, relaciona-se com a separação de leitos para pacientes com suspeita ou contaminados por Covid-19, o que acarretou na diminuição da disponibilidade de leitos para internação. Ademais, o mesmo relatório apresentou uma redução na quantidade de consultas médicas, quimioterapias, transplante de medula óssea, consultas multiprofissionais e outros, pela implantação de uma política de cancelamento das consultas de acompanhamento dos pacientes, uma vez que o risco relacionado ao deslocamento e à eventual contaminação por Covid-19 trariam maiores prejuízos para esses pacientes, tal feito, pode ter corroborado para redução do valor total gasto. Além disso, notou-se aumento dos gastos por paciente, concordando com outros estudos, onde notou-se o aumento dos custos por baixa produtividade de medicamentos, equipamentos, entre outros. Todavia, a diferença entre a média de permanência dos pacientes analisados neste estudo, difere do relatório do INCA, haja vista, que o tempo médio de permanência dos pacientes oncológicos do relatório, manteve-se estável, em cerca de 7,63 dias e do estudo reduziu para 7 dias. Sobre a redução da taxa de morte, pode-se relacionar-se também a redução do número de internações. É válido salientar também, que estes resultados podem denotar uma redução da assistência à saúde.

Conclusão

Pode-se concluir que durante o período avaliado na pesquisa, houve redução significativa no número de internações de pacientes portadores de Linfoma não-Hodgkin. No entanto, ocorreu discreto aumento nos gastos com esses pacientes, o que pode-se inferir relação com a realocação de leitos em hospitais, para destinação exclusiva para pacientes com Covid-19. Ademais, observou-se redução na média de tempo de permanência e também na taxa de mortalidade.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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