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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S234-S235 (Outubro 2023)
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CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS DE PACIENTES COM LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA RECAÍDA EM UM HOSPITAL DE REFERÊNCIA DO SUL DO BRASIL
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HU Pedrosoa, N Kerstinga, RP Pecoitsb, C Rechenmachera, ANR Taniguchia, FF Scherera, FS Schirmera, LM Silveiraa, MB Michalowskic, LE Daudtc
a Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
b Faculdade de Medicina (FAMED), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil
c Programa de Pós-Graduação em Saúde da Criança e do Adolescente, Faculdade de Medicina (FAMED), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil
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Introdução

A Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) é o principal câncer da infância, sendo responsável por 20% dos diagnósticos de neoplasia maligna. A principal falha de tratamento é a recaída, com prognóstico significativamente pior, cerca de 30% de sobrevida global. O tratamento de segunda linha é quimioterapia, consolidada ou não com transplante de células tronco hematopoéticas (TCTH). Objetivo. Descrever as características e evolução clínica de pacientes de até 19 anos com LLA recaída nos últimos 10 anos em hospital no sul do Brasil. Material e Métodos. Trata-se de um estudo de coorte retrospectiva, de pacientes do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, com coleta de dados em prontuário. As variáveis aferidas foram diagnóstico, idade, fatores de risco, como a leucometria, acometimento de sistema nervoso central (SNC), tempo de recaída, fatores de risco da recaída como leucometria e idade, sítio de recaída, avaliação de resposta ao tratamento, remissão, doença residual mínima (DRM) e TCTH. Os dados foram descritos em medianas, percentis (p25,p75), frequências e percentuais. Os desfechos avaliados foram sobrevida global e livre de eventos. Resultados. Foram incluídos 26 pacientes, com idade ao diagnóstico de 6,8 anos (2,5;13,0), maioria do sexo masculino (73,1%) e caucasiana (92,3%). O principal diagnóstico foi LLA-B (92,3%), 46,2% dos pacientes eram classificados como alto risco no tratamento de primeira linha. Um participante apresentou alteração citogenética de bom prognóstico (ETV6-RUNX1); e quatro, de mau prognóstico (BCR-ABL, variantes nos genes KMT2A e IKAROS). Oito pacientes apresentaram DRM positiva no D33 (30,8%), e 6 no D78 (23,1%). A mediana de idade na recaída foi de 13 anos (5,6;15,2), e a leucometria 7140/μL (1210;12645). Todos pacientes foram reinduzidos com protocolos de poliquimioterapia com ou sem imunoterapia, sendo os mais utilizados baseados nos protocolos do St Jude e Blinatumumabe, respectivamente. Nove pacientes (34,6%) evoluíram a óbito na primeira recaída. Dez (58,8%) apresentaram segunda recaída (8 em medula óssea e 2 em SNC). Dezoito (69,2%) receberam indicação de TCTH; oito realizaram o procedimento, nos quais aferiu-se DRM negativa em 4. A sobrevida global foi de 30,8%, e a sobrevida livre de eventos 26,9%. Em relação ao tempo da recaída, 14 pacientes (53,9%) na forma precoce ou muito precoce (medula óssea em 10 (71,5%) e extramedular isolada em 4 (28,5%)). Quatro pacientes estavam vivos em remissão após pelo menos 8 anos de seguimento (28,6%). Doze pacientes (45,6%) apresentaram recaída tardia (medula óssea em 11 (91,7%), outros sítios 1 (8,3%). Desses, dois permanecem vivos, um em tratamento de segunda linha e outro com progressão de doença (33,3%). Discussão. A maior parte dos pacientes com doença recaída eram de alto risco ao diagnóstico. Além disso, destaca-se a importância do TCTH na consolidação de uma parcela da amostra, impactando os desfechos. A sobrevida foi inferior ao descrito na literatura. O número amostral limitado destaca a importância de estudos multicêntricos, os quais devem viabilizar novas hipóteses e intervenções que otimizem os desfechos clínicos. Conclusão. A partir deste estudo é possível conhecer características relevantes ao diagnóstico e outras que influenciam o prognóstico desta população possibilitando traçar estratégias para melhoria do tratamento.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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