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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S474 (Outubro 2021)
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AVALIAÇÃO DO PERFIL DE CONHECIMENTO E PREDISPOSIÇÃO À DOAÇÃO DE SANGUE POR PÓS-GRADUANDOS DA ÁREA DA SAÚDE
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MS Vieira, BS Caetano, ML Schiavenin, NA Borges, NE Gelsleichter, PFP Paz, SC Wagner, LN Rotta
Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA), Porto Alegre, RS, Brasil
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Introdução

Apesar do sangue, enquanto recurso terapêutico, ser indispensável nos cuidados com a saúde, atualmente no Brasil o número de doadores de sangue não atinge a meta proposta pela OMS de que, em média, 3% da população seja doadora. Estudantes e profissionais da área da saúde são especialmente importantes como disseminadores de conhecimento associado à doação de sangue e como potenciais doadores.

Objetivos

Avaliar o perfil de conhecimento e a predisposição à doação de sangue pelos alunos de pós-graduação de uma universidade especializada na saúde (UFCSPA), bem como os aspectos associados a esses fatores.

Metodologia

Estudo transversal prospectivo, que utilizou um questionário on-line autoaplicável, contendo um termo de consentimento livre e esclarecido, para levantamento de dados sociodemográficos e avaliação da predisposição e do conhecimento (9 perguntas sobre as etapas, requisitos e situação dos estoques de sangue) dos estudantes em relação à doação sanguínea.

Resultados

110 alunos de pós-graduação vinculados à área da saúde participaram do estudo. A maioria (56,4%) já doou sangue alguma vez e 90% tem intenção de doarfuturamente. No caso de ser um conhecido necessitando de sangue, 99,1% dos participantes responderam que doariam. O nível de conhecimento satisfatório (>70% de acertos) foi predominante (42,7%) e dentre esses indivíduos, 70,2% já doou sangue, 72,3% teve alguma disciplina/aula sobre a doação e 78,7% pertence a profissões em maior contato com a atuação em banco de sangue (biomedicina, biologia, enfermagem, farmácia e medicina). Dentre os indivíduos com conhecimento insatisfatório (<50% de acertos), 90,5% nunca doou sangue, 71,4% nunca teve disciplina/aula sobre o assunto e 66,7% pertence a outras profissões que não as citadas. Também se constatou que a maioria dos estudantes com intenção de doar sangue apresentou conhecimento satisfatório (46,5%).

Discussão

A avaliação da predisposição à doação de sangue e, principalmente, do conhecimento sobre esta prática na população brasileira ainda é insuficiente. A pesquisa revelou a associação do conhecimento satisfatório com a intenção de doar sangue, realização de disciplina/aula que envolvesse o tema e com a prática da doação, demonstrando a importância de abordagens educativas para a disseminação e consolidação de conhecimento sobre a doação de sangue e a influência deste na adesão a essa prática. Constatou-se também que a maioria dos indivíduos estaria disposta a doar, sendo que, se esta doação for para um conhecido, há uma maior motivação de praticá-la. Este achado corrobora com o grande número de doadores de reposição existente. Por fim, embora a maioria dos participantes já tenha doado sangue, percebe-se que a prática de doação entre os acadêmicos de pós-graduação ainda é baixa e precisa ser incentivada.

Conclusão

O estudo proporcionou a identificação de aspectos relacionados com a motivação de doar e com o nível de conhecimento sobre a doação de sangue, contribuindo para a construção de estratégias voltadas ao público pesquisado.Assim, busca-se conquistar um maior número de doadores regulares dentro desta população e garantir maior acesso à informação, para que estes profissionais da saúde possam atuar incentivando a doação de sangue.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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