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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S726 (Outubro 2023)
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AVALIAÇÃO DAS REAÇÕES ADVERSAS APRESENTADAS À DOAÇÃO DE SANGUE : UMA ANÁLISE RETROSPECTIVA
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MT Delamaina,b, PC Gontijoa,b, FSD Santosa,b, CTS Matosb, VZD Nascimentob, GP Martinsa, MA Marcatoa
a Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil
b Vita Hemoterapia Ambulatório, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Introdução/objetivos

Reação adversa à doação é definida como uma resposta não intencional do doador associada à coleta de sangue. Apesar do avanço tecnológico e dos cuidados dispensados para a proteção ao doador, reações adversas ou efeitos desagradáveis à coleta de sangue podem ocorrer. Essas reações são classificadas pelos serviços hemoterápicos quanto ao tempo de ocorrência e gravidade, como leves, moderadas e graves, dependendo do quadro clínico de sinais e sintomas apresentado pelo doador podendo ser classificadas como imediatas ou tardias, podendo ser manifestadas até 14 dias após a doação. Este estudo objetivou identificar as principais manifestações clínicas das reações adversas à doação de sangue total no hemonúcleo em Belo Horizonte, Minas Gerais.

Material e métodos:

Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo e documental, realizado com base na estatística mensal de doações de sangue via sistema informatizado da instituição,  ocorridas entre o período definido de janeiro de 2019 a dezembro de 2022. Para coleta dos dados foi utilizada uma planilha com as variáveis pertinentes ao alcance do objetivo deste estudo para posterior análise.

Resultados:

Durante o período de 01 de janeiro de 2019 a 31 dezembro de 2022, foram realizadas 88.026 coletas. Dessas coletas, 84.109 (95,5%) ocorreram sem nenhuma intercorrência e 3917 (4,65%) dos doadores apresentaram alguma intercorrência no ato da doação ou ao término, sendo a maioria composta pelas mulheres (67%). Dentre as intercorrências identificadas: 62 doadores  (1,5%) apresentaram hematoma  ou dor no braço puncionado, 291 doadores (7,4%) necessitaram da segunda coleta, 483 (12,3%.) apresentaram interrupção de fluxo durante a coleta. Em relação a intercorrências clínicas, o total de 279 (7,1%) doadores apresentaram intercorrências clínicas leves e apenas 14 (0,35%) doadores apresentaram intercorrências clínicas moderadas. A interrupção da doação ocorreu em apenas 6 (0,15%) dos doadores. Foram identificados 494 doadores com risco de queda no período avaliado.

Discussão

Após a coleta e interpretação dos dados é possível traçar as intercorrências mais comuns ao ato de doação de sangue. Constatou-se uma baixa ocorrência de reações adversas em relação à proporção de doadores. Observa-se o predomínio de reações adversas de grau leve e na população feminina, condizente com os dados de literatura.

Conclusão:

Embora a maioria dos doadores não apresentem nenhuma reação adversa durante ou após a coleta, alguns doadores podem apresentar reações inesperadas. Fatores preditores às reações adversas como mulheres jovens, doadores com idade inferior a 19 anos, peso próximo do limite 50 Kg, alimentação inadequada, histórico de reação adversa em doação anterior, histórico de desmaio, primeira doação e pressão arterial em patamares inferiores (ex.:100/60 mmHg ou inferior), taquicardia, fadiga devem ser identificados no momento da triagem clínica e sinalizado à equipe da coleta . Dessa forma, é necessário que todos os profissionais envolvidos estejam capacitados para o reconhecimento e atendimento das intercorrências visando a segurança e bem estar do doador.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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