Compartilhar
Informação da revista
Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S193 (Outubro 2021)
Compartilhar
Compartilhar
Baixar PDF
Mais opções do artigo
Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S193 (Outubro 2021)
Open Access
AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE TROMBOSES EM PACIENTES COM MIELOMA MÚLTIPLO ACOMPANHADOS NO AMBULATÓRIO DE ONCOHEMATOLOGIA DO CONJUNTO HOSPITALAR DE SOROCABA (CHS)
Visitas
1230
G Tashiro, I Bertini, MG Cliquet
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP, Brasil
Este item recebeu

Under a Creative Commons license
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 43. Núm S1
Mais dados
Introdução e objetivos

O mieloma múltiplo (MM) é uma neoplasia caracterizada pelo acúmulo de plasmócitos na medula óssea. Pacientes com MM ativo apresentavam até 10% de tromboembolismo. Com a introdução da talidomida, administrada em associação a outros medicamentos, os eventos trombóticos chegam a alcançar taxas de até 35% em algumas séries. Fatores de risco como idade avançada, tabagismo, hereditariedade, imobilidade, história prévia de trombose, distúrbios de hipercoagulabilidade, gravidez e tumores malignos são alguns dos fatores que predispoem à tromboses. Os objetivos do estudo foram: Avaliar a frequência de tromboses em pacientes com MM no ambulatório do CHS de Sorocaba; Alem disso, verificar a relação entre trombose e fatores de risco.

Metodologia

Foram avaliados 42 pacientes através da análise de seus prontuários, sendo excluídos 4 pacientes por falta de dados. Os pacientes foram classificados segundo a ocorrência de trombose ou não, do momento do diagnóstico até a última consulta. Dados como história do evento trombótico, localização da trombose, tratamento e medicamentos, ocorrência ou não de embolia, causas prováveis da doença e consequências foram analisadas até o mês de setembro de 2020.

Resultados

Foram avaliados, portanto, 38 pacientes, dos quais 27 homens (71%) e 11 mulheres (29%). Encontrou-se 4 (10,5%) pacientes com ocorrência de eventos trombóticos, sendo todos do sexo masculino. No que se refere aos fatores de risco, foram encontrados 23 pacientes com idade ≥ 65 anos, sendo que desses, 3(13%) apresentaram tromboses; no grupo <65 anos, constituído de 15 pacientes, apenas 1(6,7%) apresentou evento trombótico. Em relação ao tabagismo, 14 pacientes eram tabagistas, sendo que 2(14%) apresentaram tromboses; e os demais, 24 pacientes não tabagistas, 2(8,3%) apresentaram evento trombótico. (p > 0,05). No que tange ao tratamento, quase todos, ou seja, 35 (92,1%) pacientes usaram Talidomida, e são os 4 (11,4%) que apresentaram tromboses. Apenas 3 não utilizaram Talidomida (CD ou MP) e nenhum apresentou evento trombótico. 7 pacientes receberam MPT (melfalano, prednisona e talidomida), enquanto 26 pacientes usaram CTD (ciclofosfamida, talidomida e dexametasona) e 2 receberam TD. A análise estatística, realizada pelo teste qui-quadrado, mostrou que a associação entre fatores de risco, esquema terapêutico e eventos trombóticos não foi significativa (p > 0,05). Isso provavelmente decorre da pequena casuística que foi analisada, pois a análise descritiva sugere que o sexo masculino, a idade avançada, tabagismo e o uso de talidomida favorecem a ocorrência dos eventos trombóticos, o que é observado na literatura.

Conclusão

Observou-se no estudo maior prevalência de trombose nos homens com idade ≥ 65 anos, tabagistas e submetidos a tratamentos com CTD, MPT ou TD. Com relação a outros fatores de risco, como fraturas, imobilização, estadios avançados, transplante de medula óssea e plasmoctomas, não foi possível encontrar relação com eventos trombóticos, em razão da casuística restrita e as inúmeras variaveis a serem correlacionadas.

O texto completo está disponível em PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas