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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S52-S53 (Outubro 2021)
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AVALIAÇÃO DA FREQUÊNCIA DE RECIDIVAS EM PACIENTES COM LINFOMAS DE HODGKIN E NÃO HODGKIN E SUAS RESPOSTAS AO TRATAMENTO DE RESGATE COM TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS
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C Katayama, B Estevinho, MG Cliquet
Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), São Paulo, SP, Brasil
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Objetivo

Avaliar a frequência de recidivas em pacientes com linfomas não Hodgkin (LNH) e linfomas de Hodgkin (LH) atendidos no Serviço de Hematologia (SH) do Conjunto Hospitalar de Sorocaba (CHS). Avaliar também o número de encaminhamentos para transplantes de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), correlacionando esta frequência com sexo, etnia e idade.

Material e métodos

Estudo exploratório, descritivo com abordagem quantitativa. As informações foram obtidas dos prontuários de 75 pacientes diagnosticados nos últimos três anos no Serviço de Hematologia (SH) do CHS. As informações obtidas foram registradas em um Instrumento de Coleta de Dados. Para os resultados, foi realizada uma análise descritiva de frequência da recidiva de pacientes com LNH e LH, correlacionando-a com sexo, etnia, idade e número de encaminhamento para Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas.

Resultados

Dos 75 pacientes, 26 (34,6%) tinham diagnóstico de Linfoma de Hodgkin (LH) e 49 (65,3%) de Linfoma não Hodgkin (LNH). Os pacientes com LH e LNH apresentam-se com média de idade de 50,7 anos, sendo a maioria homens 47 (63%), com estádios avançados (III e IV), 52 (69,3%). Dos 26 pacientes com Linfoma de Hodgkin, todos tratados com ABVD, 9 (36%) apresentaram recidivas e após o tratamento de resgate com DHAP, e 8 (89%) foram submetidos à transplantes autólogos de células tronco hematopoiéticas. Todos estão vivos e em remissão. Dos pacientes com Linfomas não Hodgkin, 12 (24,5%) apresentaram recidivas e apenas 2 (16,6%) desses pacientes foram submetidos à TACTH. Ambos estão vivos, um deles em remissão completa.

Discussão

Na literatura, o diagnóstico de LH ocorre em dois grupos etários 20 a 30 anos e 60 a 70 anos, o que foi observado no estudo apresentado. Houve predomínio do sexo masculino e em brancos. Estádios mais avançados tem impacto nas recidivas, o que foi observado no estudo. As recidivas ocorrem em cerca de 10% dos pacientes, no entanto, as taxas observadas foram de cerca de 35%. Isso provavelmente decorreu da falta de Bleomicina no tratamento de boa parte dos pacientes. Os resgates e os TACTH foram bem sucedidos, o que é esperado conforme literatura. Os pacientes com LNH apresentavam diferentes histologias. A maioria Difuso de grandes células B, Folicular, Mediastinal e de Células do Manto. As taxas de recidivas foram as esperadas, mas poucos pacientes foram submetidos a TACTH. Isso em decorrência de quadros com progressão e falhas de resposta aos esquemas de resgate. Os 2 pacientes transplantados estão vivos e um deles em remissão.

Conclusão

Observamos que nossa população de Linfomas de Hodgkin é mais jovem, composta principalmente por homens e com taxas de recidivas altas em relação à literatura. Um alto percentual de Transplantes de Células-Tronco Hematopoiéticas realizados mas com resultados excelentes. Já no que diz respeito ao Linfoma não Hodgkin observamos que a nossa população é mais numerosa e idosa. Constituída principalmente por homens, com taxas de recidivas dentro do esperado pela literatura e baixo número de transplantes de células tronco hematopoiéticas realizados.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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