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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S249-S250 (Outubro 2021)
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AVALIAÇÃO DA EFICÁCIA DA COLETA DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOIÉTICAS PERIFÉRICAS AUTÓLOGAS POR AFÉRESE
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MC Moraes, FC Vieira, JCS Reis, SD Matéria, LRPS Santana, NCN Lima, RCB Soares, TF Almeida
Grupo Gestor de Serviços de Hemoterapia (Grupo GSH), São Paulo, SP, Brasil
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Introdução

A coleta das células progenitoras hematopoiéticas periféricas (CPHP) por aférese é a principal fonte de células progenitoras para pacientes com indicação de transplante autólogo. Apesar dos inúmeros benefícios dessa modalidade de coleta, vários fatores físicos e biológicos concorrem para o sucesso do procedimento e coletas subsequentes estão, geralmente, associadas a menor eficácia, provavelmente por deterioração da mobilização ou do recrutamento intracoleta. Assim, o planejamento da coleta deve ser realizado de modo a atingir a meta no primeiro dia, garantindo maior eficácia, além de reduzir os riscos para o paciente e os custos do procedimento.

Objetivo

Nesse trabalho iremos demonstrar a eficácia das coletas de CPHP autólogas, por aférese, em nosso serviço.

Materiais e métodos

Realizado estudo retrospectivo a partir de dados de prontuário, das coletas de CPHP autólogas, realizadas de janeiro de 2015 até junho de 2021. Todas foram realizadas por médicos e enfermeiros treinados, no equipamento Spectra Optia, em kit próprio, conforme as orientações do fabricante e o protocolo do serviço. De mudanças tivemos a troca do kit em 2015 e das enfermeiras ao longo dos anos, com equipe fixa a partir de 2020. A meta de coleta foi definida como 3 x 106/kg para 1 transplante e 6 x 106/kg para 2. O esquema de mobilização variou entre fator estimulador de colônia de granulócitos (GCSF) isolado ou associado a quimioterapia, conforme diagnóstico. Inicialmente, o plerixafor foi associado em casos de falha, contudo, progressivamente passou a ser usado de forma preemptiva, conforme o resultado da dosagem de CD34 periférico.

Resultados

No total 104 pacientes participaram do estudo, somando 162 procedimentos, com o mínimo de 1 e máximo de 4 procedimentos por paciente e média de 1,6. Quando analisamos os resultados anualmente temos um total de 10 procedimentos em 2015, 20 em 2016, 16 em 2017, 16 em 2018, 43 em 2019, 42 em 2020 e 15 até junho de 2021. Em relação à média de coletas por paciente temos: 1,4 procedimentos em 2015; 2 em 2016; 1,6 em 2017; 1,8 em 2018; 1,8 em 2019; 1,3 em 2020 e 1,4 em 2021.

Discussão

Observamos um aumento importante das coletas de CPHP no serviço ao longo dos anos, mais expressiva de 2019 a 2020, que pode estar associado a maior maturidade da instituição, com contratação de especialistas e direcionamento de pacientes da rede conveniada. Paralelamente, observamos redução progressiva da média de coletas por paciente, reflexo do aprimoramento das equipes, mobilização mais eficaz, uso preemptivo do plerixafor e melhor interação entre as equipes do transplante de medula óssea e do serviço de hemoterapia. Contudo, a meta de 1 procedimento por paciente ainda não foi atingida e outros fatores, que não podem ser manipulados, devem ser considerados, como a doença de base, idade do paciente, presença de comorbidades e tratamento prévios.

Conclusão

Ao longo dos anos várias ações foram tomadas no sentido de aumentar a eficácia das coletas de CPHP no nosso serviço, resultando em redução progressiva do número de procedimentos por paciente. Contudo, a meta de 1 procedimento ainda não foi possível e vários fatores intrínsecos ao paciente e a doença devem ser considerados.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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