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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S881 (Outubro 2023)
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ATENÇÃO FARMACÊUTICA COMO ESTRATÉGIA PARA SEGURANÇA DO PACIENTE: A IMPORTÂNCIA DO ACOMPANHAMENTO DE PACIENTES HEMATOLÓGICOS AMBULATORIAIS EM USO DE QUIMIOTERAPIA ORAL
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LP Lindenmeyer, E Scherer, R Fach, SS Soares
Hospital Nossa Senhora da Conceição, Porto Alegre, RS, Brasil
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Objetivos

Descrever o perfil das consultas farmacêuticas realizadas com pacientes do Serviço de Hematologia em uso de quimioterapia oral, que foram atendidos pela Farmácia de Medicamentos Especiais (FME) de um hospital de grande porte de Porto Alegre (RS).

Materiais e métodos

Estudo transversal e retrospectivo que relata os atendimentos farmacêuticos realizados na FME do Hospital Nossa Senhora da Conceição, onde são dispensadas as quimioterapias de uso oral, no período de janeiro de 2022 a junho de 2023. Em casos previamente selecionados (protocolos complexos, de maior toxicidade e pacientes não aderentes) os pacientes são atendidos, orientados e acompanhados por farmacêuticas clínicas especialistas em oncologia e hematologia. Os dados foram coletados no prontuário eletrônico e armazenados em Excel. Os resultados foram descritos na forma de frequência e mediana.

Resultados

Foram realizadas 4.069 consultas farmacêuticas no período. Destas, 56,4% correspondem aos pacientes da hematologia. A mediana de idade dos pacientes foi de 58 anos, com a mínima de 1 e máxima de 93 anos, sendo a maioria do sexo masculino (n = 1.936; 86%). Em relação ao tipo de atendimento, 1.501 (65,4%) foram acompanhamento dos tratamentos. Em 220 (9,6%) casos, o atendimento foi relacionado a orientações de início de tratamento ou troca de protocolo e em 179 vezes (7,8%) foram fornecidas orientações e respostas a dúvidas dos pacientes. Foram realizadas 141 (6,1%) dispensações a pacientes internados e 119 (5,2%) atendimentos envolvendo medicamentos não padronizados ou obtidos por via judicial. Em 84 (3,7%) casos fez-se a busca ativa dos faltantes por meio de contato telefônico ou encaminhamento ao serviço social, de modo a aumentar a adesão ao tratamento. Foram conduzidas 42 (1,8%) avaliações pré-transplante de medula autólogo e nove atendimentos (0,4%) referentes a outras situações. Todos os atendimentos foram evoluídos em prontuário para acompanhamento e ciência da equipe multidisciplinar.

Discussão

A quimioterapia oral traz vantagens aos pacientes, como maior autonomia e protagonismo de seu tratamento e menos retorno frequente aos serviços de saúde. Porém, sem medidas de acompanhamento e orientação ao paciente, erros de medicação, interações, efeitos adversos e falta de adesão podem impactar diretamente no tratamento prescrito. Considerando o perfil de pacientes atendidos na instituição, com extremos de idade, presença de comorbidades e problemas sociais e econômicos, se tem sujeitos mais vulneráveis a problemas relacionados a medicamentos que não sejam previamente detectados e prevenidos. Assim, a consulta farmacêutica proporciona educação e acompanhamento de pacientes, promovendo a segurança do paciente, o vínculo com a equipe e a melhor adesão ao tratamento.

Conclusões

Nesse cenário, o papel do farmacêutico clínico especialista se consolida na orientação e educação do paciente, monitoramento de possíveis reações adversas e na promoção da adesão ao tratamento, visando sua efetividade e segurança, a qualidade do serviço de saúde e a redução de custos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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