Compartilhar
Informação da revista
Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S540 (Outubro 2021)
Compartilhar
Compartilhar
Baixar PDF
Mais opções do artigo
Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S540 (Outubro 2021)
Open Access
ASSOCIAÇÃO ENTRE GRUPO SANGUÍNEO ABO, GRAVIDADE E MORTALIDADE POR COVID-19
Visitas
1415
ACDM Carneiro, MCL Pires, SCSV Tanaka, ACCH Cunha, LQ Pereira, FB Vito, SS Silva, H Moraes-Souza
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil
Este item recebeu

Under a Creative Commons license
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 43. Núm S1
Mais dados
Objetivo

Avaliar a relação entre o sistema ABO e os índices de gravidade e mortalidade em pacientes hospitalizados por COVID-19 no município de Uberaba-MG.

Material e métodos

Participaram deste estudo 343 pacientes atendidos em unidades hospitalares do município de Uberaba – MG. Foram determinadas as fenotipagens eritrocitárias por prova reversa em todas as amostras de sangue periférico e coletados os dados clínicos e epidemiológicos de cada paciente. A análise estatística dos resultados foi realizada de forma descritiva e inferencial. Para variáveis quantitativas, utilizaram-se medidas de posição ou centralidade (média) e medidas de dispersão e variabilidade (desvio padrão). As variáveis categóricas foram analisadas por meio do software SPSS, versão 20.0, bem como análise de associação em tabelas de contingências χ2. Os valores foram considerados estatisticamente significativos quando p ≤ 0,05.

Resultados

Dos 343 pacientes avaliados no período de maio a novembro de 2020, 80,17% foram diagnosticados com COVID-19 e 19,83% negativos para a doença. Os pacientes positivos tinham idade média de 60,32 anos (DP ± 17,17) e a maioria eram homens (60%). Foram observadas comorbidades em 81% dos pacientes infectados. Quanto à tipagem sanguínea ABO nos casos positivos, não foram encontradas diferenças estatísticas entre os grupos analisados (χ2 = 3,24, p = 0,37), sendo 31,8% pacientes positivos do tipo A, 2% do tipo AB, 10,3% do tipo B e 55,9% do tipo O. Em relação a gravidade foi observado que 51,2% dos casos foram considerados graves (UTI entubados), 19,3% considerados moderados (UTI sem entubação) e 29,5% considerados leves (enfermaria), e quanto a mortalidade, 51,6% tiveram alta e 48,4% foram a óbito. Não foram encontradas diferenças estatisticamente significantes entre a relação de gravidade dos pacientes positivos para COVID-19 e o tipo sanguíneo ABO (χ2 = 4,781, p = 0,57). Quando realizada a comparação entre a mortalidade por COVID-19 e a tipagem sanguínea também não foram encontradas diferenças estatísticas (χ2 = 6,088, p = 0,11).

Discussão

Recentemente foi sugerida correlação entre o tipo sanguíneo e a infecção por SARS-CoV-2. Alguns estudos apontaram o tipo sanguíneo A como o mais suscetível a infecções graves. Embora tenhamos realizado a determinação da tipagem sanguínea apenas por prova reversa, nossos resultados foram semelhantes ao de outros estudos em que não houve nenhuma relação entre os tipos sanguíneos, gravidade e mortalidade por COVID-19.

Conclusão

De acordo com os dados encontrados nessas análises, o tipo sanguíneo ABO não parece estar associado a gravidade e a mortalidade da COVID-19, portanto, o sistema ABO não deve ser considerado como marcador biológico prognóstico para a COVID-19.

O texto completo está disponível em PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas