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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S15-S16 (Outubro 2021)
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ANEMIA HEMOLÍTICA AUTOIMUNE SECUNDÁRIA A CARCINOMA PAPILÍFERO DE TIREOIDE: RELATO DE CASO
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AES Souza, EA Oliveira, GCB Remigio, GA Silva, LOO Paula, LN Pereira, I Rabelo
Universidade José do Rosário Vellano (UNIFENAS), Alfenas, MG, Brasil
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Introdução

A anemia hemolítica autoimune (AHAI) é uma doença adquirida com produção de autoanticorpos que se ligam à superfície dos eritrócitos causando hemólise intra ou extravascular. Existem poucos relatos na literatura de AHAI secundária a carcinoma papilífero de tireoide, o que nos motivou a relatar o caso a seguir.

Objetivos

Relatar um caso, raro, sobre AHAI secundária a carcinoma papilifero de tireóide, que teve como manifestação clínica sintomas neurológicos.

Descrição do caso

I.A.S., mulher, 67 anos, queixou- se de astenia e vertigem postural de início há quatro meses com piora progressiva. Negou icterícia, sangramentos macroscópicos, parestesias e alterações de fâneros. Tinha palidez cutâneo-mucosa 2+/4+, sem linfadeno e hepatoesplenomegalia. Hemograma com anemia (Hb 8,1 g/dL) discretamente macrocítica (VCM 103fL) sem outras citopenias. Foram descartadas etiologias bicarencial, renal, tireoideana, reumatológica, viral (HIV, HCV, HBV negativos). As provas de hemólise vieram alteradas: reticulócitos 335.000/mm3 (até 100.000), desidrogenase láctica 836UI/L (até 246), bilirrubina indireta 0,81 mg/dL (até 0,7), teste de antiglobulina direto (Coombs) reagente. Foi iniciada prednisona 1 mg/kg/dia e, pela persistência da vertigem com Romberg positivo ao exame neurológico, solicitamos TC crânio e interconsulta da neurologista. A imagem mostrou lesões líticas em calota craniana com massa infiltrativa irregular em periósteo. Anátomo-patológico com imunohistoquímica diagnosticaram metástase de carcinoma papilífero de tireoide. Após quatro semanas de prednisona com apenas resposta parcial, a dose começou a ser reduzida com recidiva da AHAI. Com o diagnóstico de AHAI secundária a carcinoma papilífero de tireoide, infundimos Rituximabe dose fixa de 100 mg/semana por quatro semanas com remissão completa. Logo após, a paciente foi submetida a tireoidectomia, radioiodoterapia e hoje, após dois anos de seguimento, não houve progressão do carcinoma papilífero, tampouco recidiva da AHAI secundária.

Conclusão

Embora não seja uma etiologia frequente, precisamos investigar tumores sólidos como causa de AHAI, incluindo os de tireoide, quando as etiologias linfo proliferativas, virais e reumatológicas forem descartadas.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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