Compartilhar
Informação da revista
Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S637 (Outubro 2023)
Compartilhar
Compartilhar
Baixar PDF
Mais opções do artigo
Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S637 (Outubro 2023)
Acesso de texto completo
ANÁLISE DO PERFIL DE RH E KELL EM DOADORES DE SANGUE DE UM BANCO DE SANGUE PRIVADO DO DISTRITO FEDERAL
Visitas
236
BCA Alencar, ID Lima, PDS Teixeira, NRS Remígio, SMC Lira
Grupo GSH, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 45. Núm S4

HEMO 2023

Mais dados
Introdução

Os serviços de hemoterapia possuem o desafio de manter um nível de estoque seguro de hemocomponentes de acordo com demandas transfusionais, garantindo que os pacientes sejam atendimentos de forma segura e eficaz. Os sistemas sanguíneos Rh (D, C, c, E, e) e Kell são considerados os mais imunogênicos, pela maior capacidade de causar aloimunizações. Compreende-se que ter conhecimento da frequência dos fenótipos dos grupos sanguíneos na população doadora torna-se essencial para disponibilização de estoque compatível com os receptores aloimunizados.

Objetivo

Apresentar a frequência dos antígenos do sistema Rh e sistema Kell em doadores de sangue do Banco de Sangue de Brasília do Grupo GSH.

Materias e métodos

A pesquisa foi realizada através da análise de dados retrospectivos dispostos na plataforma informatizada utilizada pelo Banco de sangue de Brasília. Foram analisados o total de doadores fenotipados para os antígenos dos sistemas Rh e Kell no período de junho de 2022 a junho de 2023.

Resultados

No período estudado foram evidenciados 8059 doadores aptos, sendo 38,5% do sexo feminino e 61,5% do sexo masculino. Na análise do sistema ABO obtivemos, sequencialmente, a incidência de: 52,5% tipo O, 33% tipo A, 11,35% tipo B, 3,15% tipo AB. Analisando o sistema Rh, apenas 13,45% da população é RhD negativo, sendo que 14,58% são homozigotos dominantes para RhC (C+ c-); 38,74% (C- c+) e 46,68% apresentaram-se em heterozigose (C+ c+). Já no RhE, 21,98% da população é heterozigota (E+ e+); 75,41% é homozigota recessiva (E- e+) e 2,61% é homozigota dominante (E+ e-). A prevalência do antígeno Kell na população em questão é de 4,98%.

Discussão

No banco de sangue do grupo GSH em Brasília, todos os doadores são fenotipados para os sistemas Rh e Kell. Analisando o perfil da população estudada, observamos que a incidência do fenótipo C-c+ é de 38,74%, C+c- corresponde a 14,58%, o C+c+ é de 46,68%. O fenótipo E-e+ está em 75,41% da população, o E+e+ 21,98% e o E+e- em somente 2,61%. O antígeno Kell está presente em 4,98% da população estudada. A literatura descreve a prevalência dos fenótipos do sistema Rh de forma diferente: a incidência de C-c+ na população é de 38%, C+c- é de 16,2%, C+c+ é de 45,8%, E-e+ é de 63,9%, E+e+ é de 31% E+e- é de 5,1%. No sistema Kell, a prevalência do antígeno K é de 4,3%. A diferença fenotípica dos resultados obtidos para a literatura pode ser explicada pelo processo migratório de Brasília, mistura racial e de genótipos, consequentemente, fenótipos.

Conclusão

Os antígenos dos sistemas Rh e Kell requerem uma atenção maior por serem extremamente imunogênicos, com destaque para o sistema Rh por ser o mais complexo. Diante disso, os hemocomponentes do banco de sangue de Brasília, em sua totalidade, são fenotipados para os sistemas Rh e Kell, facilitando e assegurando o processo transfusional para os pacientes atendidos pelo serviço.

O texto completo está disponível em PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas