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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S132-S133 (Outubro 2023)
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A IMPORTÂNCIA DOS CUIDADOS PALIATIVOS NA HEMATOLOGIA: PROMOVENDO QUALIDADE DE VIDA EM PACIENTES COM DOENÇAS HEMATOLÓGICAS
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ABC Hidalgo, MSS Pereira
Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), Itapetininga, SP, Brasil
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Objetivo

O objetivo deste estudo é discutir a importância dos cuidados paliativos na hematologia, destacando como essa abordagem pode proporcionar ao paciente um tratamento individualizado e consequentemente gerar uma melhor qualidade de vida para pacientes com doenças hematológicas.

Métodos

Foi realizada uma revisão sistemática da literatura nas bases de dados científicas, como PubMed, Scielo e Scopus, selecionando estudos e revisões sistemáticas relevantes publicados nos últimos 10 anos sobre cuidados paliativos na hematologia. Além de uma análise de dados feita pelo DataSus.

Resultados

Diante desta revisão sistemática, foram analisadas 3.654 hospitalizações recentes, com 370 pacientes com doenças hematológicas. Desses, 102 (28%) buscaram cuidados paliativos, enquanto 268 (72%) foram grupo de controle. A busca por cuidados paliativos resultou em redução significativa de readmissões em até 30 dias (16% vs. 27%; p = .024), aumento no tempo de internação (11,5 vs. 6 dias; p < .001), maior taxa de internações em UTIs (28% vs. 9%; p < .001) e menor taxa de mortalidade em 6 meses (15% vs. 67%; p < .001).

Discussão

O estudo analisou um grande número de hospitalizações (3.654 casos) de pacientes com doenças hematológicas. Cerca de 28% desses pacientes optaram por receber Cuidados Paliativos, enquanto os outros 72% foram designados como grupo de controle, com comorbidades semelhantes. Comparando os resultados entre os pacientes que receberam Cuidados Paliativos e o grupo de controle, foram encontradas diferenças estatisticamente significativas em vários desfechos clínicos. O grupo que recebeu Cuidados Paliativos teve taxas significativamente menores de readmissões hospitalares em até 30 dias em comparação com o grupo de controle (16% vs. 27%; p = .024). Isso indica que a inclusão dos Cuidados Paliativos pode desempenhar um papel importante na prevenção de readmissões precoces. Além disso, os pacientes que receberam Cuidados Paliativos tiveram um tempo médio de internação mais longo em comparação com o grupo de controle (11,5 vs. 6 dias; p < .001). Isso sugere que a abordagem abrangente e centrada no paciente dos Cuidados Paliativos, priorizando o conforto, qualidade de vida e comunicação efetiva, pode ser um fator para essa diferença. Foi observado também um aumento nas internações em UTI para os pacientes que receberam Cuidados Paliativos em comparação com o grupo de controle (28% vs. 9%; p <.001). Isso pode indicar a gravidade dos casos atendidos pelos Cuidados Paliativos, já que esses pacientes podem precisar de cuidados intensivos em momentos críticos. Por fim, houve uma diminuição significativa na taxa de mortalidade em um período de 6 meses para os pacientes que receberam Cuidados Paliativos em comparação com o grupo de controle (15% vs. 67%; p < .001). Isso sugere que a inclusão dos Cuidados Paliativos pode ter um impacto positivo na sobrevida e na qualidade de vida.

Conclusão

Com isso, a integração dos cuidados paliativos no tratamento de pacientes hematológicos melhora a qualidade de vida e os resultados clínicos. A abordagem centrada no paciente alivia os sintomas, oferece suporte emocional e comunicação efetiva, atendendo às necessidades físicas, psicossociais e espirituais. Os cuidados paliativos são essenciais no tratamento de doenças hematológicas e devem ser implementados precocemente, juntamente com intervenções terapêuticas específicas, para promover uma melhor qualidade de vida em todas as fases da condição de saúde dos pacientes.

O texto completo está disponível em PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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