Journal Information
Vol. 44. Issue S2.
Pages S590-S591 (October 2022)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 44. Issue S2.
Pages S590-S591 (October 2022)
Open Access
SISTEMA DE CLASSIFICAÇÃO DE PACIENTES PEDIÁTRICOS ONCOHEMATOLÓGICOS: RELATO DE EXPERIÊNCIA COM A APLICAÇÃO DO SISTEMA PROPOSTO POR DINI
Visits
552
JL Teodoro, S Bortoli, V Sonaglio, TP Caroccini, E Soares, KSS Almeida, EG Melo, SS Campos
Hospital da Criança - São Luiz, Jabaquara, SP, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 44. Issue S2
More info
Introdução

A classificação de pacientes oncopediátricos é um grande desafio na prática assistencial, visto a falta de referenciais teóricos para este público e a complexidade destes pacientes. Porém, é uma importante ferramenta para alocar os recursos humanos necessários, bem como, os subsídios para as decisões na gestão do cuidado.

Objetivo

Analisar a aplicabilidade do sistema de classificação de DINI em uma unidade de internação oncopediátrica, desde julho de 2021.

Relato de experiência

No instrumento de classificação proposto por DINI (2007), são apresentados onze indicadores de demanda de enfermagem com as atribuições numéricas de 1 a 4. Na instituição, todos os pacientes devem ser avaliados no momento da admissão. Uma nova classificação é realizada a cada 24 horas de internação ou se piora do quadro clínico. De acordo com os itens, no indicador de atividade, é possível classificar o paciente de acordo com o seu quadro responsivo. No intervalo de aferição dos controles, todos os pacientes oncohematológicos devem receber aferição de sinais vitais a cada 4 horas, configurando 2 pontos na classificação. Caso este paciente apresente alterações no PEWS, esse intervalo é reduzido a depender do quadro clínico, com consequente aumento de pontuação. Em relação a oxigenação, é possível classificar a depender do suporte de oxigenoterapia. Na terapêutica medicamentosa, esses pacientes já recebem a pontuação máxima por estar em uso de quimioterapia antineoplásica. Porém, não é possível demonstrar uma maior complexidade no uso de outras modalidades de tratamento ou em uma emergência oncológica. Durante a avaliação da integridade cutâneo mucosa, a pontuação é de acordo com as condições clínicas da criança. No item de alimentação e hidratação, a pontuação máxima se refere aos pacientes em uso de nutrição parenteral, dificuldade de deglutição ou risco de aspiração, sendo possível correlacionar com os casos de mucosite oral e/ou odinofagia. No item de eliminações, sua pontuação é limitada ao uso ou não do vaso sanitário e de sondas/ estomas, impossibilitando uma maior pontuação devido a demanda na mensuração para o balanço hídrico. No item de higiene corporal, o paciente será pontuado conforme banho de aspersão, imersão ou cadeira, e também, levando em consideração o seu grau de dependência para essas atividades. Na mobilidade e deambulação, se faz necessário, um olhar crítico e a expertise do enfermeiro para correlação com os graus de fadiga. Na participação do acompanhante, as pontuações são de acordo com o envolvimento durante o cuidado, possibilitando graduar de acordo com o nível de adesão ao tratamento e as orientações da equipe. E por fim, a avaliação de rede de apoio e suporte, com um olhar para a presença de acompanhantes.

Conclusões

Podemos identificar que a classificação proposta por DINI é aplicável e têm sido uma importante ferramenta para graduação de complexidade em pacientes oncopediátricos. Porém, devido as múltiplas demandas assistenciais, mais estudos são necessários para avaliar o impacto da sua aplicação em pacientes submetidos a outras modalidades de tratamento oncológico/oncohematológico, de acordo com a toxicidade e complicações da doença de base.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools