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Vol. 42. Issue S2.
Pages 369-370 (November 2020)
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RISCOS ASSOCIADOS A TRANSMISSÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS PELA TRANSFUSÃO SANGUÍNEA
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R.B. Rezendea, L. Teodorob
a Faculdade Santa Rita, São Paulo, SP, Brasil
b Universidade Paulista, São Paulo, SP, Brasil
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Objetivo: Compreender os riscos residuais da transmissibilidade de doenças infecciosas por meio de transfusão saguínea. Material e métodos: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura disponível nas bases de dados PUBMED e MEDLINE, utilizando os descritores: “Transfusão Sanguínea”, “Transmissão”e “Doenças”, devidamente cadastrados no MeSH, empregando o operador booleano AND. Foram avaliados 247 artigos e, ao fim, selecionados 20 para compor essa revisão. Os critérios de inclusão foram: artigos completos, disponibilizados de forma gratuita, publicados em inglês, entre os anos de 2012 a 2020. Bem como os critérios de exclusão foram: artigos nos demais idiomas, não disponibilizados de forma gratuita e nos quais a temática não aborda o objetivo proposto. Resultados: A transfusão sanguínea é um método terapêutico amplamente utilizado, porém, mesmo com rigoroso controle de qualidade implementado nos bancos de sangue, ainda é possível observar casos esporádicos de tranmissão de microrganismos ocasionando infecções transmitidas por transfusão (ITT). Os procedimentos entre a coleta de sangue do doador e a transfusão efeticamente no receptor, tem-se muitos métodos de avaliação e controle de qualidade, os quais são fundamentais para a garantia de uma correta e eficaz transfusão. Estes métodos somados aos avanços científicos nas últimas décadas na descoberta de agentes patogênicos e detecção destes em material sanguíneo como o vírus da imunodeficiência humana (HIV), vírus da hepatite B (HBV), hepatite C (HCV) e vírus da leucemia de células-T humanas (HTLV), proporcionam uma elevada segurança ao paciente. Discussão: Apesar de rigorosos padrões de qualidade, há cerca de 22 anos teve-se uma progressiva conscientização relacionada a segurança das transfusões sanguíneas principalmente sobre doenças infecciosas emergentes. Um estudo realizado em 2017 demonstra que no último (até o momento de publicação) e maior surto do vírus ZIKV, foi relatado muitos casos prováveis de transmissão por transfusão sanguínea apesar do controle laboratorial. De acordo com a literautra, em um número amostral de 129 pacientes infectados por ITT os vírus de maior prevalência foram o HCV, HBV e HIV, respectivamente. Mesmo que tenha sido confirmado a transmissibilidade de pessoa a pessoa do causador da COVID-19, ainda não se sabe se o vírus SARS-CoV-2 é transmitido pela transfusão sanguínea, dessa forma é necessário que sejam realizados mais estudos relacionados a esta temática, uma vez que portadores do vírus na forma assintomática podem realizar a doação sanguínea. A literatura demonstra que é possivel encontrar RNA viral específico no soro de pacientes com COVID-19. Ainda neste estudo, relata-se que um homem de 21 anos, portador de anemia aplástica muito grave, foi transfudido com uma bolsa de plaquetas de um indivíduo diagnosticado com COVID-19. O individuo transfundido testou negativo para COVID-19, caracterizando que a doação sanguínea é uma via inexplorada de transmissão. Conclusão: Contudo, fica claro que a transmissibilidade de doenças infecciosas por transfusão sanguínea ocorre, e com isso se faz necessário a utilização/criação de tecnologias avançadas na triagem sanguínea capazes de rastrear estes microrganismos patogênicos, para assim minimizar suas transmissões.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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