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Vol. 43. Issue S1.
Pages S298-S299 (October 2021)
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Vol. 43. Issue S1.
Pages S298-S299 (October 2021)
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PÚRPURA TROMBOCITOPÊNICA IMUNE NA PEDIATRIA: EXPERIÊNCIA DE 6 ANOS EM UMA ÚNICA INSTITUIÇÃO BRASILEIRA
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BBL Alvarenga, E Manzo, GL Arca, JO Guerra, IMV Melo, LP Queiroz, IP Santos, FFL Queiroz, LBP Moreira
Hospital Amaral Carvalho, Jaú, SP, Brasil
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Vol. 43. Issue S1
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Objetivo

O objetivo deste trabalho foi analisar dados de pacientes com diagnóstico de púrpura trombocitopênica imune (PTI) no serviço de hematologia pediátrica de uma única instituição.

Material e métodos

Foram selecionados para revisão prontuários de pacientes de até 19 anos completos, no período de junho de 2015 a junho de 2021, com diagnóstico de PTI. Dados clínicos e laboratoriais de 25 pacientes foram coletados para análise.

Resultados

Dos 25 pacientes com diagnóstico de PTI, 16 (64%) eram do sexo masculino e 9 (36%) do sexo feminino. 5 (20%) pacientes apresentaram melhora da plaquetopenia sem necessidade de tratamento medicamentoso. 4 (16%) pacientes iniciaram tratamento com prednisona na dose de 2 mg/kg/dia, 2 pacientes apresentaram resposta adequada e realizado desmame da corticoterapia gradualmente, outros 2 pacientes não apresentaram resposta e iniciadodexametasona na dose de 20 mg/m2 por 4 dias durante 6 ciclos, com boa resposta. 15 (60%) pacientes iniciaram tratamento com pulsoterapia com metilprednisolona na dose de 30 mg/kg/dia por 3 dias (dose máxima: 1000 mg/dia) e 1 (4%) paciente optou-se em iniciar tratamento com imunoglobulina na dose de 1 g/kg/dia por 2 dias, já que paciente havia recebido vacina com vírus atenuado na semana anterior. Esta paciente não respondeu adequadamente a imunoglobulina sendo realizado prednisolona sem resposta sustentada e optou-se em realizar dexametasona durante 6 ciclos com resposta adequada. Dos 15 pacientes submetidos a pulsoterapia, 7 tiveram resposta adequada e receberam alta com prednisona 2 mg/kg/dia com posterior desmame de corticoterapia gradual. Porém 8 dos 15 pacientes não apresentaram resposta ao tratamento, sendo instituído imunoglobulina na dose de 1 g/kg/dia por 2 dias ou 0,4 g/kg/dia por 5 dias. Destes 8 pacientes que receberam imunoglobulina, apenas 1 apresentou resposta adequada com normalização da contagem de plaquetas e os outros 7 iniciaram dexametasona na dose de 20 mg/m2 por 4 dias durante 6 ciclos. 4 pacientes dos 7 apresentaram resposta adequada e 3 pacientes não tiveram resposta sendo realizado subsequentemente azatioprina (2) e rituximab (1). Todos tiveram resposta adequada e 1 dos pacientes que iniciou azatioprina, optou-se em substituí-la pelo eltrobopag.

Discussão

A proporção encontrada entre meninos e meninas acometidos foi de 1,7:1. A taxa de remissão final de 88% encontrada na PTI aguda reforça o conceito clássico de que ela é, no universo pediátrico, autolimitada e essencialmente benigna. PTI crônica desenvolvida por 12% da amostra está de acordo com os números classicamente descritos (10% a 20%).

Conclusão

Em conclusão, o presente estudo observou que a apresentação da PTI no setor de hematologia pediátrica do nosso serviço foi semelhante à descrita nos estudos nacionais e internacionais, no que diz respeito à frequência entre os sexos, à evolução aguda ou crônica e a taxa de remissão completa sem uso de medicação contínua confirmaram que a PTI aguda na pediatria é essencialmente benigna e autolimitada.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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