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Vol. 43. Issue S1.
Pages S488-S489 (October 2021)
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Pages S488-S489 (October 2021)
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O TRIPÉ UNIVERSITÁRIO NAS LIGAS DE HEMATOLOGIA DO BRASIL
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CBCD Carmoa, ILO Oliveiraa, JPA Silvaa, LP Monteiroa, MM Lucenaa, TA Nunesa, EMB Souzaa, LD Carvalhoa, IV Bastosa, JAS Xavierb
a Universidade Católica de Brasília (UCB), Brasília, DF, Brasil
b Hapvida, Maceió, AL, Brasil
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Vol. 43. Issue S1
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Introdução e objetivos

As ligas acadêmicas são entidades estudantis que proporcionam o contato direto do aluno com a comunidade em que ele vive, por meio de projetos de extensão, pesquisa e ensino. Elas promovem a expansão do conhecimento intelectual teórico-prático para além da universidade. O tripé: extensão, pesquisa e ensino permite o desenvolvimento de um aprendizado reflexivo e criativo para a consolidação do conhecimento apreendido nas salas de aula (Azevedo et al, 2018). Assim, o objetivo deste trabalho foi analisar seu funcionamento nas Ligas Acadêmicas de Hematologia do Brasil.

Métodos

Foi realizada uma pesquisa quantitativa, através da aplicação de questionários online. A população alvo eram as ligas acadêmicas de hematologia do Brasil. No ano de 2020 foram abordadas 44 ligas, a taxa de resposta foi de 72,7%. O instrumento era autoaplicável anônimo, e a participação voluntária, com assinatura do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). Esta pesquisa foi aprovada pelo comitê de ética da instituição proponente sob o Caae 24510719.2.0000.0029. Para este trabalho foram analisadas 6 questões, das 13 contidas no questionário, versando sobre o tripé universitário. Os dados foram analisados pela ferramenta Excel 2013, para análise descritiva e foram codificados, de forma a garantir o sigilo dos participantes.

Resultados

Na área de pesquisa, 50% das ligas publicam de 1 a 3 trabalhos por semestre; 18,8% 4 a 6 trabalhos, porém, 21,9% não publicam em congressos. Quanto às reuniões de ensino, 50% são quinzenais; 34,4% mensais; 90.6% afirmam ter ligantes assíduos. Em relação à extensão, 75% possuem atividade de extensão e, dentre elas, 83,3% possuem contato com a população. Quanto às dificuldades enfrentadas na extensão, 3,1% afirmam não ter adesão dos estudantes; 12,5% enfrentam dificuldade em encontrar professores hematologistas para auxiliar; 9,4% em elaborar um projeto de extensão na área de hematologia; 28,1% não enfrentam dificuldade.

Discussão

As atividades de ensino proporcionam a oportunidade de contato com conteúdos aprofundados em áreas de interesse e convivência com profissionais da área.  Além da oportunidade de preencher carências do currículo formal, portanto, é fundamental que as ligas mantenham o pilar do ensino e a assiduidade dos ligantes. Segundo Neves (2008),  ao vivenciar áreas de pesquisa, os estudantes tornam-se potencialmente melhores profissionais, devido à ampliação da visão crítica e aumento do poder reflexivo, afetando positivamente o desempenho profissional e o aprendizado de se expressar baseado em informações sólidas. Os projetos extensionistas promovem uma aproximação entre os ligantes e a comunidade, permitindo, assim, acesso aos determinantes sociais que permeiam o binômio saúde-doença. Além disso, as atividades extensionistas contribuem para uma melhor compreensão do funcionamento da saúde pública, a partir das diferentes realidades vivenciadas, de modo a preparar os estudantes para atuar reconhecendo as necessidades da população (COSTA et al., 2017).

Conclusão

Embora em muitas universidades as ligas estejam vinculadas às Pró-Reitorias de Extensão e, teoricamente, sejam norteadas pelo tripé ensino, pesquisa e extensão, há predominância das práticas de ensino e de pesquisa sobre a extensão, possivelmente devido à burocracia na criação das Ligas, ao calendário acadêmico e ao distanciamento entre a universidade e a comunidade.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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