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Vol. 43. Issue S1.
Pages S168-S169 (October 2021)
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NEOPLASIA DE CÉLULAS BLÁSTICAS DENDRÍTICAS PLASMOCITOIDES: RELATO DE CASO
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YCF Almeidaa, GP Sampaiob, CCAP Camposb, PM Mendesb, KMC Douradoa
a Universidade Federal da Bahia (UFBA), Salvador, BA, Brasil
b Hospital Aristides Maltez (HAM), Salvador, BA, Brasil
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Vol. 43. Issue S1
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Introdução

A Neoplasia de células blásticas dendríticas plasmocitoides (NCBDP) é rara e representa 1% das neoplasias hematológicas (Wilson and Medeiros, 2015), afetando principalmente homens com idade mais avançada (Alsidawi et al., 2016). A NCBDP é caracterizada pela co-expressão dos marcadores CD4 e CD56, pelo menos um antígeno de células dendríticas e plasmocitoides e ausência de outros marcadores de linhagens hematopoiéticas (Pagano et al., 2016).

Caso clínico

Paciente do sexo masculino, 38 anos, apresentava como comorbidade hipertensão arterial sistêmica e fazia uso de enalapril 20 mg/dia. O paciente deu entrada na UTI em 05/08/2019 apresentando quadro de febre e pancitopenia. Em agosto de 2019 foi diagnosticado com NCBDP, apresentando lesões disseminadas de pele em tronco, face e membros (nodulações violáceas em membros, manchas hipercrômicas em face), hepatoesplenomegalia e pancitopenia. Ao diagnóstico, o perfil imunofenotípico demonstrava presença de 14% de células da linhagem dendrítica plasmocitóide que expressava os marcadores CD4, CD56 e HLA-DR. Iniciou tratamento quimioterápico com protocolo HyperCVAD. Segundo descrito em prontuário, manteve doença residual mínima (DRM) positiva após 8 ciclos, tendo sido optado por troca de protocolo. Realizou, então, 2 ciclos de MEC, último realizado em julho de 2020, mantendo DRM positiva. Em imunofenotipagem (IF) de 26/08/2020 apresentava 0,5% de células anômalas. Iniciada manutenção com protocolo POMP em 30/09/2020, atingindo DRM negativa após primeiro ciclo (IF de MO 28/10/2020). Realizou 4 ciclos no total (C1D1 30/09/2020, C2D1 24/11/2020, C3D1 23/12/2020; C4D1 27/01/2021), com necessidade de ajuste de dose de MTX e 6-MP para 50% por toxicidade medular grau 3 após primeiro ciclo. Não houve neutropenia febril ou necessidade transfusional, como intercorrências cursou com Herpes Zoster em região cervical/facial esquerda em novembro de 2020. Sem nova toxicidade após ajuste de dose, foi aumentado MTX para 75% em 4°ciclo. Última avaliação medular foi de 26/01/2021 (antes de 4°ciclo), mantendo DRM negativa. Paciente evolui assintomático e sem novas lesões cutâneas, foi encaminhado para TMO, pois possui 3 irmãos com HLA full match e realizou o processo do TMO no período entre 02/03/2021 a 01/07/2021, encontra-se bem no momento e sem lesões presentes.

Discussão

NCBDP se trata de uma doença rara de difícil diagnóstico com diversas manifestações clínicas e fenotípicas, apresentando comportamento agressivo. Não há um tratamento satisfatório, já que a doença é resistente à quimioterapias convencionais. Por isso foi adotado o protocolo POMP com o uso das seguintes drogas: 6-mercaptoetanol, metotrexato, vincristina e prednisona mantidas por 4 ciclos como ponte para direcionamento do TMO. Quando é realizado transplante de medula óssea, a expectativa de vida é superior do que fazer apenas o tratamento de quimioterapia.

Palavras-chave: Células dendríticas plasmocitoides; Leucemia aguda; Citometria de fluxo; Transplante de medula óssea.

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Referências
[1]
CS Wilson, L.Jeffrey Medeiros.
Extramedullary Manifestations of Myeloid Neoplasms.
Am J Clin Pathol, 144 (2015), pp. 219-239
[2]
S Alsidawi, GFM Westin, A Al-Kali, RS. Go.
Blastic Plasmacytoid Dendritic Cell Neoplasm. a Population Based Analysis from the SEER and NCDB Databases.
Blood, 128 (2016), pp. 4789
[3]
L Pagano, CG Valentini, S Grammatico, A. Pulsoni.
Blastic plasmacytoid dendritic cell neoplasm: diagnostic criteria and therapeutical approaches.
Br J Haematol, 174 (2016), pp. 188-202
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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