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Vol. 42. Issue S2.
Pages 71 (November 2020)
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INDEPENDÊNCIA FUNCIONAL ANTES E APÓS TRATAMENTO FISIOTERAPÊUTICO EM PACIENTE HEMOFÍLICO SUBMETIDO À SINOVECTOMIA RADIOATIVA: ESTUDO DE CASO
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C.D.S.S. Silvaa, L.M. Glóriab, N.D.S.S. Ramosa, R.B. Meloa, S.R.B. Rodriguesa, D.B. Ferreiraa, P.S.M. Almeidaa, M.C.C. Noronhac
a Fundação Centro de Hemoterapia e Hematologia do Pará (HEMOPA), Belém, PA, Brasil
b Universidade Federal do Pará (UFPA), Belém, PA, Brasil
c Universidade Estadual do Pará (UEPA), Belém, PA, Brasil
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Objetivos: Avaliar a independência funcional de um paciente hemofílico submetido à sinovectomia radioativa antes e após do tratamento fisioterapêutico. Materiais e métodos: Trata-se de um relato de caso realizado com um paciente hemofílico A grave, de 14 anos, submetido à sinovectomia radioativa, em 2017, no joelho esquerdo devido diagnóstico de sinovite crônica, a qual lhe causava hemartroses e hematomas espontâneos, dor e limitação funcional. O paciente foi encaminhado à fisioterapia uma semana após o procedimento, entretanto, só iniciou a fisioterapia após 3 meses devido morar no interior do Estado e por apresentar mais dois episódios de hemartroses no joelho esquerdo, porém sem queixa de dor. Foram empregados testes de força, escala visual analógica de dor e Escore de Independência Funcional em Hemofilia (FISH), o qual avalia o autocuidado, transferências e mobilidade. A pontuação total variava de 7 a 28, sendo que 28 pontos indicam o melhor nível de funcionalidade. As variáveis avaliadas foram força muscular, dor articular e independência funcional como sentar, agachar, andar e subir escadas. O paciente foi submetido a dez sessões de fisioterapia, uma vez por semana, com duração média de 50 minutos. O protocolo incluiu a utilização de crioterapia e cinesioterapia convencional com ênfase em membros inferiores, utilizando caneleira e faixa elástica, mobilizações articulares, deambulação supervisionada e agachamentos. Após as 10 sessões o paciente foi reavaliado. Resultados: Na avaliação inicial, o paciente não referia queixa álgica, apresentava força muscular grau 3 (de acordo com a escala de Oxford) e apresentava 25 pontos na Escala FISH, referindo desconforto durante domínio de transferência como agachar, e o domínio de mobilidade, que inclui andar e subir escadas. Após as 10 intervenções, continuou sem queixa álgica, apresentou melhora da força muscular para grau 4 e a pontuação da Escala FISH aumentou para 27 pontos, referindo ainda desconforto somente para agachar-se. Discussão: O procedimento de SR possui efeito significativo na redução da dor e freqüência de hemartroses, como pôde ser visto no presente estudo. Entretanto, a fisioterapia aparece como um grande aliado a esse procedimento, visto que após as sessões, foi possível recuperar a força e conseqüente melhora da funcionalidade do paciente, melhorando assim, suas atividades de vida diária e a qualidade de vida. Além disso, foi possível notar que a dor não foi um fator determinante para a diminuição da funcionalidade, demonstrando que embora o paciente não apresente mais queixa álgica, funções como mobilidade, flexibilidade e força muscular do membro acometido podem ainda estar comprometidas. Conclusão: Nota-se neste estudo que apesar da limitação da amostra, a intervenção fisioterapêutica pós procedimento de SR é promissor na otimização da funcionalidade e no cumprimento das atividades de vida diária. Neste trabalho, o paciente foi acompanhado pela fisioterapia pautado nas diretrizes do procedimento e corrobora com resultados de estudos semelhantes nesta mesma população, podendo apresentar resultados diferentes daqueles que não realizam tratamento fisioterapêutico após procedimento de SR. Palavras-chave: Hemofilia; Sinovectomia; Funcionalidade.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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