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Vol. 43. Issue S1.
Pages S478-S479 (October 2021)
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DOENÇA FALCIFORME E ÍNDICE DE MASSA CORPORAL: ASPECTOS DE UMA COORTE
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TS Espósitoa, ADC Gusmãob, ARJ Mariac, JC Almeidac, MB Thomazd, DOW Rodriguese
a Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), Liga Acadêmica de Hematologia (HEMOLIGA – JF), Juiz de Fora, MG, Brasil
b Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora (FCMS/JF - SUPREMA), Liga Acadêmica de Hematologia (HEMOLIGA – JF), Juiz de Fora, MG, Brasil
c Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
d Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora (SUPREMA), Juiz de Fora, MG, Brasil
e Fundação Hemominas, Juiz de Fora, MG, Brasil
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Vol. 43. Issue S1
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Objetivo

Verificar a associação entre o tipo de Doença Falciforme (DF) e Índice de Massa Corporal (IMC) pareado por sexo, em adultos participantes do Estudo Longitudinal Multicêntrico da DF no Brasil (REDS III).  A DF compreende um grupo de hemoglobinopatias associadas à presença da Hemoglobina S, sendo uma das desordens monogênicas mais prevalentes no mundo. Dentre as complicações da DF, destacam-se o intenso catabolismo com déficit de peso, estatura, e consequentemente do IMC.

Metodologia

Trata-se de uma coorte com portadores de DF, acima de 18 anos, cadastrados na Hemominas Juiz de Fora/MG, recrutados no período de novembro/2013 a setembro/2014. Os dados antropométricos foram aferidos pelos pesquisadores conforme o protocolo da pesquisa com balança digital padronizada. O IMC foi classificado de acordo com os pontos de corte adotados pela Organização Mundial da Saúde e para a análise estatística, foi estabelecida três categorias: baixo peso, eutrofia e excesso de peso (sobrepeso e obesidade). Em relação ao tipo de hemoglobinopatia, os pacientes foram estratificados em DF em homozigose (SS) e em heterozigose (SB+, SB0, SC, SD).  Os dados foram inseridos no software SPSS® (versão 21.0) e foram aplicados os Testes Qui-Quadrado de Pearson e Exato de Fisher, considerando p<0,05 para verificar a associação entre a DF e o IMC. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética da Fundação Hemominas-MG (Parecer: 02790812.0.2002.5118).

Resultados

Foram incluídos 116 indivíduos com idade média de 33,2 (± 10,6) anos, 61,9% eram mulheres, 70,7% eram DF SS, 17,2% da população encontrava-se com baixo peso, enquanto 18,1% apresentava excesso de peso. Verificou-se associação com significância estatística a análise entre DF e IMC; na população estudada, 22,0% dos indivíduos com DF SS encontravam-se em baixo peso, contrapondo 5,9% daqueles que possuíam outros tipos de DF (p < 0,05). Entre os indivíduos do sexo feminino, o baixo peso foi mais frequente nos indivíduos com SS (19,2%) (p < 0,05). Foi observado no grupo SS uma menor prevalência de excesso de peso, tanto na população do estudo (9,8%), quanto no sexo feminino (13,5%), quando comparados aos indivíduos de ambos os sexos (38,2%) e do sexo feminino (52,6%) que apresentavam outras manifestações da DF (p < 0,05). Não foram encontradas associações significativas nos homens.

Discussão

O estudo da composição corporal tem sido considerado de grande importância para saúde humana. Em função do baixo custo e elevada praticidade, indicadores antropométricos, como o IMC e circunferência da cintura, são rotineiramente utilizados. Os pacientes com DF apresentam aumento do gasto energético devido à hemólise crônica, maior incidência de infecções, status pró-inflamatório crônico, crises álgicas recorrentes, hospitalizações frequentes, baixa ingestão alimentar e do baixo nível socioeconômico podem contribuir para deficiência e consumo dos macros e micronutrientes.

Conclusão

Foi evidenciado que 35,3% dos adultos encontrava-se em inadequação do estado nutricional (baixo peso e excesso de peso). Salienta-se ainda, que o tipo de DF SS apresentou caráter mais catabólico e que as mulheres apresentaram maiores alterações ponderais.

Suporte financeiro

NIH Fundação Hemominas.

Palavras-chave

Doença Falciforme; Peso; Altura.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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