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Vol. 42. Issue S2.
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CONHECIMENTO DOS AGENTES COMUNITÁRIOS DE SAÚDE NA DOENÇA FALCIFORME
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D.O.W. Rodriguesa, N.C.S. Paulaa, R.S. Mendesa, D.B. Oliveiraa, O.F.D. Santosb, A.D. Maltab, C.R. Costab, G.A.D. Júniorb, L.H.C. Valerianob, R.M. Lopesb
a Fundação Centro de Hematologia e Hemoterapia do Estado de Minas Gerais (Hemominas), Juiz de Fora, MG, Brasil
b Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
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Introdução: A Doença Falciforme (DF) possui registros históricos de elevada morbimortalidade desde a infância, devido às complicações clínicas graves. No Brasil nascem cerca de 3500 crianças com DF por ano, o que torna essa doença um problema de saúde pública. No entanto, observa-se que o desconhecimento, a incompreensão da patologia, dos sintomas/intercorrências é um traço comum em relação a DF, que pode gerar negligência da rede de atendimento. Objetivo: Identificar o grau de conhecimento dos Agentes Comunitários da Saúde (ACS) sobre DF. Métodos: Estudo transversal retrospectivo com análise documental, conforme Bardin, de 174 questionários com perguntas semiestruturadas aplicados em junho de 2019 durante capacitação de ACS da Prefeitura Municipal de Juiz de Fora. As variáveis estudadas foram: idade, escolaridade, tempo laboral na área da saúde e grau de conhecimento sobre as características da DF. Resultados: Em relação aos dados epidemiológicos, 90,8% dos ACS eram do sexo feminino. A faixa etária mais prevalente foi de 40–50 anos, 35.8%. Quanto à escolaridade, 63,3% dos ACS possuíam o Ensino Médio completo e 54,6% trabalhavam no mínimo há 15 anos na área da saúde. Em relação à DF, 86,3% dos agentes relataram ter recebido informações sobre a doença, sendo os dados mais citados: intercorrências, características (genética, hereditária, alteração na hemoglobina, hemácia em foice, ligada a população negra) e existência do tratamento. O contato com o termo DF foi através de eventos (35,3%), material informativo (25,61%) e conhecimento de paciente, familiar, amigo ou vizinho com DF (24,95%). Discussão: Os dados encontrados estão semelhantes a outros estudos com predominância do sexo feminino entre os ACS; quanto à escolaridade, o perfil dos ACS ultrapassa a exigência do Ministério da Saúde. A análise mostrou que 86,3% dos ACS relataram contato com a DF, entretanto foi observado que o conhecimento era superficial e persistiam dúvidas, lacunas e equívocos sobre a patologia e suas consequências, dado observado em 80% dos ACS. Conclusão: O encontro com os ACS permitiu verificar a necessidade de otimizar o acesso às informações para gerar maior conhecimento e garantir às pessoas com DF o atendimento integral dentro da Rede Integrada de Serviços de Saúde, de qualidade, humanizado e com redução da invisibilidade e negligência.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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