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Vol. 43. Issue S1.
Pages S372 (October 2021)
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COMPARAÇÃO DO VOTO DE AUTOEXCLUSÃO ELETRÔNICO VERSUS VOTO DE AUTOEXCLUSÃO MANUAL
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JR Luzzi, EMB Merchan, JCD Santos, CA Brito, EH Goto, RAN Xavier, JM Conti
Unidade de Hemoterapia e Hematologia Samaritano (UHHS), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 43. Issue S1
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Objetivos

Na doação de sangue o uso do voto de autoexclusão confidencial (VAE) como um método potencialmente útil para incrementar a segurança transfusional durante o período de janela imunológica. O nosso serviço sempre utilizou o VAE. O processo era manual e aplicado aos doadores após o término da doação onde recebiam o voto impresso para preencher. Os profissionais do banco de sangue eram responsáveis por colocar em local apropriado e inserir a resposta no sistema informatizado do banco de sangue. Em Março de 2020 introduzimos o VAE eletrônico e modificamos o processo. No novo cenário é explicado aos doadores, antes de sair da sala de entrevista, a nova forma de responder à pergunta que será apresentada no computador: “O seu sangue apresenta algum risco para o receptor? Sim ou não?”. Em caso de dúvida é explicado o significado de cada resposta. Em seguida, os doadores respondem à pergunta em total privacidade.

Materiais e métodos

Para avaliar as mudanças associadas à implantação do VAE eletrônico, foram analisados os votos manuais (fevereiro de 2019 a fevereiro de 2020 – total 6490) e eletrônicos (março de 2020 a junho de 2021 – total 9083), comparados em termos de características do doador e resultados sorológicos positivos. O teste do qui-quadrado foi usado para comparar as proporções e um valor de p menor que 0,05 foi considerado significativo.

Resultados

No período analisado, houve aumento significativo do VAE positivo após a implementação do método eletrônico (7 vs. 52, p < 0,0001) e 03 sorologias positivas (0 vs. 03, p < 0,0001), um para antígeno da hepatite B e dois para sífilis. No voto manual a maioria dos doadores que responderam positivo eram do sexo masculino, bem como após implementação do VAE eletrônico (6 vs. 27, p < 0,0001). A faixa etária dos doadores de primeira vez no voto eletrônico mudou para 16–34 anos enquanto no voto manual era 16–25. Houve aumento na autoexclusão dos doadores de repetição na utilização do VAE eletrônico quando comparado a este mesmo grupo no voto manual (13 vs. 0, p < 0,0001).

Discussão

Estudos advertem que alguns doadores podem interpretar mal a pergunta e/ou resposta alterando o significado do VAE eletrônico. Corroborando com a literatura observamos um aumento no número de VAE para os doadores de primeira vez na utilização do voto eletrônico. Por outro lado, os resultados podem também significar que as informações do VAE manual não eram reservadas o suficiente e isso foi percebido pelos doadores de repetição que mudaram seu comportamento no cenário eletrônico. Adicionalmente houve aumento significativo no número de sorologia positiva relacionada a autoexclusão após o processo se tornar eletrônico.

Conclusão

O método eletrônico aumentou a autoexclusão em doadores de primeira vez, repetição e de sorologia positiva indicando que o novo processo pode ser utilizado como ferramenta para a aumentar a segurança da doação.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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