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Vol. 44. Issue S2.
Pages S570 (October 2022)
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CITOMETRIA DE FLUXO COMO FERRAMENTA DIAGNÓSTICA DE INFILTRAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA POR TUMOR SÓLIDO - NEUROBLASTOMA
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MF Caleffi, MP Beltrame, ALG Lima, RPO Silva, ACR Wasem, KLB Assis, CO Pereira, JVB Siqueira, RC Coelho, MAD Pianovski
Hospital Erastinho, Curitiba, PR, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivo

Avaliar a utilização da citometria de fluxo como método eficaz e complementar na identificação de infiltração de MO em pacientes com diagnóstico de neuroblastoma.

Introdução

O estadiamento correto dos pacientes com neuroblastoma é fundamental na definição da intensidade do tratamento quimioterápico, e para isso é importante uma avaliação eficaz da medula óssea (MO). Como a avaliação do mielograma pode ser prejudicada (hemodiluição), o exame de citometria de fluxo multiparamétrica (CFM) tem alta sensibilidade para identificar células de neuroblastoma e pode auxiliar na confirmação de infiltração de MO.

Material e Métodos

Para avaliar o impacto da CFM em pacientes com diagnóstico de Neuroblastoma revisamos os exames de MO de 7 pacientes com diagnóstico de neuroblastoma no período de outubro de 2020 a março de 2022.

Resultados

Foram avaliados 26 exames de MO de 07 pacientes com diagnóstico de Neuroblastoma, com idade entre 0 mês (diagnóstico pré-natal) a 4 anos, sendo 4 pacientes menores de 1 ano de idade e destes, 3 classificados como 4S. Os 26 exames de MO coletados foram os seguintes: 25 mielogramas, 23 CFM, 16 biópsias de MO (BMO), 7 exames de imunohistoquimica (IH). Destas amostras 11 mielogramas, 15 exames de CFM, 03 exames de BMO e 2 IH foram positivos para infiltração de células neoplásicas. Na CF a mediana de positividade foi de 0,21% (0,04%-80%) e os marcadores utilizados para detectar as células de neuroblastoma foram: CD9, CD45, CD56, CD81, CD90, GD2, CD271. 19 amostras possuíam exames de mielograma e CFM com 57,9% dos resultados concordantes, sendo que em 6 exames o mielograma teve resultado negativo e a CFM foi positiva, variando entre 0,04%-0,28%. A concordância entre os exames de BMO e o mielograma foi de 66,7% (6/9) e a concordância da CFM com a BMO foi de 25%, sendo que em 6/12 amostras não havia infiltração macroscópica, mas a CFM foi positiva, a positividade variou entre 0,05%-0,24%.

Discussão

A MO é o principal sítio metastático do Neuroblastoma e um dos principais locais de recidiva. Por esse motivo, a qualidade do material coletado e a padronização da análise é fundamental para um estadiamento correto. A BMO e a IHQ continuam sendo o padrão ouro para o diagnóstico de infiltração de MO. A CF já é utilizada para diagnóstico em peças tumoreais e estudos comparativos demonstram que a CFM pode ser útil na avaliação de células de neuroblastoma em MO, principalmente em pacientes com pouco acometimento ou com dificuldade de amostragem de material, tal qual nos pacientes menores que 06 meses.

Conclusão

O exame de CFM pode ser útil na identificação de pacientes com Neuroblastoma com pouca infiltração de MO e nesse sentido, mais estudos são necessários, para melhorar a qualidade das amostras coletadas (diferença de celularidade entre amostras para o mielograma e amostras para CFM), ampliação de painéis e criação de um valor de corte para definição de resposta do paciente e coleta de células-tronco para pacientes com indicação de transplante autólogo de MO.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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