Journal Information
Vol. 43. Issue S1.
Pages S151 (October 2021)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 43. Issue S1.
Pages S151 (October 2021)
Open Access
BLINATUMOMAB E INFUSÃO DE LEUCÓCITOS DO DOADOR (DLI) APÓS TRANSPLANTE DE CÉLULAS-TRONCO HEMATOPOIÉTICAS (TCTH) COM DOADORES ALTERNATIVOS NO TRATAMENTO DE LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA DE LINHAGEM B (LLA-B)
Visits
1427
G Zamperlinia,b, RV Gouveiaa,b, VC Ginania,b, CMCZ Oliveiraa,b, MGAD Matosa,b, CN Monteiroa,b, LDS Dominguesa,b, MV Pupima,b, PAM Sorianoa,b, JF Marquesb, FVBD Santosb, CF Andradeb, PM Paivab, A Sebera,b
a Equipe Onco-TMO em Pediatria, São Paulo, SP, Brasil
b Hospital Samaritano de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 43. Issue S1
More info
Introdução

A LLA-B com múltiplas recidivas, cariótipo de alto risco ou doença residual mensurável (DRM) antes do condicionamento têm alto risco de recidiva após o TCTH. O Blinatumomab, imunoterapia que liga linfócitos T CD3 aos blastos CD19 positivos, pode ser utilizado para tratar doença recidivada após TCTH, mas a resposta é transitória com maior parte das crianças apresentando recidiva se não for realizado um segundo TCTH, de alta morbimortalidade, ou imunoterapia com células CAR-T, esse indisponível no país. As recidivas ocorrem geralmente nos primeiros meses após o TCTH, e há déficit no número e função dos linfócitos T. O uso de infusão de leucócitos do doador (DLI) não é convencional em doenças linfoides mas é estratégia que proporciona a administração de células efetoras maduras do doador que se ligam ao blinatumomab e exercem o efeito anti-leucêmico.

Objetivo

Avaliar a toxicidade e a reposta ao blinatumomab e DLI administrados após o TCTH para tratamento e profilaxia de recidiva de LLA-B após TCTH.

Método

Pacientes em recidiva hematológica ou considerados de alto risco para recidiva após TCTH (≥ 2 recidivas pré TMO, DRM positiva antes TMO, quimerismo misto após TMO) são submetidos a infusão de blinatumomab a partir da pega e resolução de toxicidades da fase aguda do condicionamento. Realizam 4 ciclos de blinatumomab na dose para tratamento de DRM (15 mcg/m2/dia por 28 dias) com intervalos de 15 dias. No segundo dia da imunoterapia administra-se a DLI, que é suspensa a qualquer sinal de DECH ou toxicidade aguda relacionada a infusão do blinatumomab. A dose de DLI varia entre 1 e 5 x 106 CD3/kg/receptor. Pacientes recidivados sem DECH a dose de células CD3 aumenta progressivamente.

Resultado

Sete crianças com LLA-B recidivada após TCTH (4) ou alto risco de recidiva (3) receberam o tratamento. A idade variou entre 1.74 e 15.85 anos, mediana de 10.81 anos. Quatro pacientes receberam enxertos haploidênticos e 3 doadores não aparentados (tabela 1). O número de ciclos de blinatumomab variou entre 1 e 4. Os efeitos colaterais esperados foram semelhantes ao uso pré-TCTH: neurotoxicidade (2 - convulsões) e síndrome de liberação de citocinas (4 - sem necessidade de suporte intensivo). O número de infusões de DLI variou entre 0 (paciente recebeu duplo-cordão como enxerto) e 5 infusões, as doses entre 1 x 106 a 4,7 x 108 células CD3/kg/receptor. Dois pacientes utilizaram inibidores tirosino kinase concomitante por doença Ph+. Nenhum paciente apresentou DECH aguda e 4 apresentaram DECH crônica leve a moderada. Duas crianças faleceram com doença CD19 negativa; sendo uma com microangiopatia trombótica. A mediana de seguimento é 5.2 meses, 5 crianças estão vivas em remissão, sendo 4 delas submetidas a TCTH haploidêntico.

Conclusão

Blinatumomab com DLI é uma estratégia com potente efeito antileucemico e segura, é necessário expertise na infusão ambulatorial de blinatumomab e no manejo de efeitos adversos.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools