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Vol. 42. Issue S2.
Pages 477-478 (November 2020)
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AVALIAÇÃO DO CONHECIMENTO DO ESTUDANTE DE MEDICINA ACERCA DA DOAÇÃO DE MEDULA ÓSSEA NA CIDADE DE RECIFE- PE
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G.C. Nascimentoa,b, I.P. Serura,b, G. Verasa,b, I.C.V. Piscoyaa,b, G.O.M. Soaresa,b, M.F.M. Araújoa,b, C.C.C. Meloa,b, J.O. Vieiraa,c
a Liga Acadêmica de Hematologia de Pernambuco (LAHEPE), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil
b Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil
c Centro de Oncologia do Hospital Universitário Oswaldo Cruz (CEON/HUOC), Universidade de Pernambuco (UPE), Recife, PE, Brasil
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Objetivos: O presente estudo objetiva traçar um perfil da compreensão dos acadêmicos de Universidades de Pernambuco em Recife - PE acerca do transplante de medula óssea (TMO), a fim de entender as principais lacunas de conhecimento dos futuros médicos sobre a temática, estudar possíveis formas de preenchê-las, e, assim, aumentar o número de indivíduos cadastrados como doadores. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal, descritivo, de abordagem quantitativa, que utilizou como instrumento para captar informações um formulário eletrônico, contendo um termo de consentimento livre e esclarecido. Foram computados dados epidemiológicos dos participantes e avaliadas as respostas acerca do TMO e do processo de doação de medula óssea. Resultados: Foram obtidas 108 respostas: 85,2% dos estudantes com idade entre 18-29 anos; 75% se identificaram com o gênero feminino e 25% com o gênero masculino; 87% solteiros; 58,7% eram alunos das faculdades públicas de Recife (UPE e UFPE) – 64,4% estavam entre o sétimo e o décimo semestres. Destes, 56,5% afirmaram já terem doado sangue, porém apenas 24,1% tinham o cadastro de doador de medula óssea (DMO); 76,9% informaram conhecer algum órgão do governo responsável pela DMO e 100% afirmaram considerar importante a doação de sangue e DMO. Quando questionados sobre os motivos de não terem se cadastrado, 43,5% informaram ter medo do procedimento e 36,1% disseram não saber como se tornar um DMO. Em relação a quem pode ser um DMO, como é feito o cadastro, quais as contraindicações e como é feito o procedimento, mais de 90% responderam corretamente. Por fim, quanto à proposta de alternativas para maior disseminação de informação sobre o tema, 63,9% responderam que as mídias sociais seriam a maneira mais eficiente de educação em saúde. Discussão: O TMO constitui um tratamento potencialmente curativo para pacientes com diversos distúrbios hematológicos. Há uma lacuna na literatura em relação às perspectivas dos estudantes de medicina acerca do tema, estudos prévios sugerem que equívocos sobre o processo de doação dificultam a participação desse grupo, o que pode diminuir não apenas sua participação, mas oportunidades de influenciar outros potenciais doadores. Foi possível avaliar que, apesar do conhecimento sobre o órgão responsável, cerca de dos entrevistados não tem cadastro, o que corrobora com os dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea, em que apenas 2,5% da população brasileira são registrados. Tais resultados evidenciam que, mesmo em uma população esclarecida sobre o tema, ainda há dificuldade em alcançar DMO. Ao analisar o aparente conhecimento teórico destes, nota-se uma incoerência entre os motivos de não tornarem-se DMO e o que realmente é o procedimento. Apesar de se tratar de um problema de saúde mundial e, de durante a graduação do curso médico haver acesso à informação, fica evidente que não apenas deficiências no conhecimento sobre o tema impedem que os números de DMO sejam maiores entre os estudantes de medicina. Dentre os fatores que influenciam nesse processo, podemos citar medo e desconfiança. Conclusão: Conclui-se que não é apenas a falta de conhecimento sobre o tema que impede o cadastramento do estudante de medicina para DMO, e, por consequência o potencial TMO. Assim, fica evidente a necessidade do incentivo tanto ao estudo e discussões sobre o tema, bem como campanhas e projetos que visem à sensibilização dessa população.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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