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Vol. 43. Issue S1.
Pages S361 (October 2021)
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AVALIAÇÃO DE PROTOCOLOS DE CENTRIFUGAÇÃO PARA TRIAGEM SOROLÓGICA DE DOADORES DE SANGUE
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RE Boehma, MB Silvaa, CR Cohena, F Bonacinaa, C Fontanaa,b, L Sekinea,b
a Serviço de Hemoterapia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
b Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 43. Issue S1
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Introdução

A centrifugação é um método amplamente utilizado para separar os componentes sanguíneos, sendo uma etapa importante da fase pré-analítica dos ensaios biomédicos. Idealmente deve ser padronizada por cada laboratório.

Objetivo

Comparar dois protocolos de centrifugação, estabelecendo o protocolo ideal para uso na rotina de triagem sorológica no Serviço de Hemoterapia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA).

Material e métodos

Dois protocolos de centrifugação foram realizados em amostras de doações de sangue e recoletas, colhidas em tubos com gel e ativador de coágulo da marca BD, entre maio e julho de 2021. O primeiro seguiu a recomendação do fabricante (1300g por 10 minutos) e o segundo, o protocolo interno do laboratório de Sorologia (2492,5g por 10 minutos). Em ambos, a centrífuga utilizada foi a ThermoFisher Scientific Multifuge 3S-R Plus. De cada doação, dois tubos foram coletados, cada um submetido a um dos protocolos. Após a centrifugação, foi realizada inspeção visual para avaliar a qualidade geral do protocolo. Ainda, foi realizada análise por eletroquimioluminescência (ECLIA-Roche) dos parâmetros HBsAg, HBc, HCV, HIV, Chagas e HTLV e VDRL (Wiener) por floculação a fim de verificar o impacto nos resultados da triagem sorológica. Os dados foram analisados no Sistema SPSS v.18.

Resultados

Foram testadas 126 amostras (90 doações e 36 recoletas) em ambos os protocolos de centrifugação. Cinco amostras (4%), apresentaram alterações na inspeção visual e duas (1,6%) precisaram ser re-centrifugadas antes da análise por ECLIA e floculação; todas estas integravam o protocolo do fabricante do tubo. Ao comparar os resultados da triagem sorológica, houve diferença estatística apenas entre as amostras Não Reagentes dos parâmetros HBc e HIV (p < 0,01), porém sem significância clínica, isto é, apesar desta diferença no resultado, a conclusão sorológica não foi afetada. O protocolo interno do laboratório de sorologia atendeu 100% de conformidade em todos os quesitos avaliados.

Conclusão

Considerando o percentual de conformidade atingido pelo protocolo interno do Laboratório de Sorologia, este parece ser o melhor protocolo para uso na rotina de triagem sorológica de doadores do Serviço de Hemoterapia do HCPA. Os achados evidenciam a importância de cada laboratório validar o processo de centrifugação, para que atenda suas necessidades. Este trabalho é inovador, à medida que, de nosso conhecimento, é o primeiro a fazer avaliação da qualidade de centrifugação além da inspeção visual.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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