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Vol. 43. Issue S1.
Pages S386 (October 2021)
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Pages S386 (October 2021)
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AVALIAÇÃO DA VIABILIDADE DA PROVA CRUZADA EM MEIO SALINO EM ROTINA DE TESTES PRÉ-TRANSFUSIONAIS.
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LO Garcia, LDN Vargas, SB Leite, B Blos, L Sekine, JPM Franz
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 43. Issue S1
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Objetivos

Nos testes pré-transfusionais é incluída a prova de compatibilidade, que por sua vez, deve contemplar a fase de antiglobulina humana (AGH), com intuito de detectar anticorpos IgG e/ou complemento. A prova cruzada em fase salina serve principalmente para identificar incompatibilidade ABO entre doador e receptor e a detecção de anticorpos frios. Este trabalho tem como objetivo avaliar a relevância da prova cruzada em meio salino na rotina dos testes pré-transfusionais de todos os pacientes atendidos no nosso serviço.

Material e métodos

A prova cruzada em meio salino utilizando metodologia em tubo já era realizada em nosso serviço. Associada a ela, foi incluído o mesmo teste no cartão NaCl, realizado na automação para comparar em metodologias distintas (tubo e cartão). Quando houve discrepância entre os resultados em gel e tubo da prova em meio salínico, realizou-se prova cruzada com polietilenoglicol (PEG) e também avaliou-se a prova cruzada em fase AGH em gel teste.

Resultados

Foram analisados 1.437 testes de prova cruzada durante o mês de maio de 2021 no Serviço de Hemoterapia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre, os quais foram realizados paralelamente com a técnica em tubo e gel teste. Dentre estes, 16 apresentaram diferença no resultado entre as técnicas (prova em tubo positiva e em gel negativo). As reações foram prevalentemente negativas, sendo apenas um teste com reatividade de 3+. A prova cruzada em PEG e em fase AGH em gel teste tiveram resultados negativos.

Discussão

A prova cruzada em salina já era realizada no nosso serviço em função de sermos um hospital que atende pacientes onco-hematológicos e transplantados de medula óssea. Os pacientes com esse perfil podem apresentar rouleaux e discrepância ABO, que podem ser detectadas na prova cruzada em meio salínico. Ainda, por estarmos localizados na região sul do país, onde a temperatura é mais baixa, os anticorpos frios surgem com uma frequência considerável. No nosso estudo foi possível verificar que a incompatibilidade da prova cruzada apenas em salina na técnica em tubo e compatível em meio salino em gel, PEG e fase AGH, era referente à anticorpos frios sem significado clínico. E, caso não fosse realizada a técnica em fase salina, não interferiria na conduta e segurança transfusional do paciente.

Conclusão

Com base nos dados expostos, a prova cruzada em meio salino pode ser dispensada levando em consideração que ela detectou apenas anticorpos frios sem significado clínico, o que não justificaria o gasto de material para a realização desta técnica. Foi definido que este teste será realizado em pacientes que necessitem de transfusão de extrema urgência com prova cruzada abreviada para detectar incompatibilidade ABO entre doador e receptor.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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