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Vol. 44. Issue S2.
Pages S322 (October 2022)
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ATENDIMENTO A DOADORES DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOIÉTICAS EM CENTROS DE HEMOTERAPIA: A EXPERIÊNCIA DO GRUPO GSH NO CUIDADO AOS DOADORES DO REDOME
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AM Souza, M Costa, SMC Lira, PN Lobão, M Valvasori
Grupo Gestor de Serviços de Hemoterapia (Grupo GSH), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 44. Issue S2
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Objetivo

No ano de 2020, em decorrência da redução significativa da capacidade de atendimento a doadores alogênicos não aparentados pelos hospitais parceiros do Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea (REDOME) e com à restrição de internações eletivas para comportar as internações dos pacientes para tratamento da COVID-19, surge a oportunidade de um modelo inovador de avaliação de doadores alogênicos não aparentados no Brasil, o atendimento exclusivamente realizado por um serviço privado de hemoterapia. Nesse cenário, o presente trabalho busca demostrar a segurança do procedimento de doação de células progenitoras hematopoiéticas (CPH) ambulatorial em serviços de hemoterapia.

Materiais e métodos

O atendimento a esses doadores é realizado nos Complexos de Hemoterapia do Grupo GSH nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília, onde já havia equipe com experiência em avaliação e coleta de CPH por aférese de doadores alogênicos. Os possíveis doadores são selecionados e encaminhados pelo REDOME para avaliação e coleta de CPH de acordo com a demanda do registro. Todo o processo de orientações, avaliação clínica e laboratorial, mobilização e coleta de CPH por aférese foi realizada no banco de sangue, um ambiente preparado para o atendimento a doadores e sob a coordenação de um médico hemoterapêuta.

Resultados

No período de 01/08/2020 a 01/08/2022 foram avaliados 48 doadores encaminhados pelo REDOME sendo 1 deles um doador aparentado que, devido às restrições de viagem impostas pela pandemia, realizou a doação no Brasil para que o irmão fosse transplantado no exterior. A idade dos doadores não aparentados variou de 23 a 49 (mediana 35 anos) e 44% eram do sexo feminino. Vinte e cinco (52%) foram considerados inaptos para à coleta de células em regime ambulatorial e desses, 19 (76%) o motivo da inaptidão foi o acesso venoso periférico incompatível com o procedimento de aférese. Esses doadores foram encaminhados pelo REDOME para outros serviços para realizar a coleta em regime hospitalar. Vinte e três doadores foram aptos e submetidos a 25 procedimento de aférese. O volume sanguíneo processado médio foi de 13,3 litros (variando de 7,8 a 17 litros) com tempo máximo de procedimento de 300 minutos. Nenhum doador apresentou reação adversa moderada ou grave, em 28% dos procedimentos o doador apresentou hematoma no local da punção venosa e em 25% dos procedimentos houve perda de acesso com necessidade nova punção para conclusão da coleta. Dois doadores apresentaram sintomas de hipocalcemia durante a coleta de células que regrediram com redução do fluxo de extração e aumento da velocidade de reposição do cálcio.

Conclusão

Assim como em estudos previamente publicados, a análise dos dados demonstra que o procedimento de coleta de CPH alogênica por aférese apresenta baixo risco de eventos adversos quando o doador é adequadamente selecionado o que possibilita a realização do procedimento com segurança no ambiente de banco de sangue, onde o doador encontra maior conforto e é acompanhado por profissionais treinados e habituados com cuidados a doadores, o que reduz a probabilidade de haver sub-identificação dos riscos para o doador e aumenta a segurança do procedimento.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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