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Vol. 42. Issue S2.
Pages 448-449 (November 2020)
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CIÊNCIAS BIOMÉDICAS752
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ANÁLISE DA ADMINISTRAÇÃO DE IMUNOGLOBULINA ANTI-D EM GESTANTES RHD NEGATIVAS
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A.H.N. Beserra
Instituto Nacional da Criança, da Mulher e do Adolescente Fernandes Figueira, Rio de Janeiro, RJ
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Introdução: A aloimunização é descrita como a produção de anticorpos a partir de antígenos não próprios àquele indivíduo. A aloimunização materna pelo anticorpo Rhesus D (RhD) é um processo evitável, através da administração da imunoglobulina anti-RhD em gestantes com RhD negativo em dose e momento adequados. A mãe aloimunizada é totalmente assintomática, porém, em recém-nascidos (RNs), essa situação pode ocasionar a Doença Hemolítica Perinatal (DHPN), que é causada pela destruição de antígenos fetais/neonatais pelos anticorpos maternos devido à aloimunização. Para ser aloimunizada, a gestante deve ser RhD negativa e entrar em contato com hemácias RhD positivo do feto. Trabalhos anteriores mostram que houve nos últimos anos um aumento da informação desse assunto tanto para os profissionais de saúde a partir de capacitação e educação continuada tanto para a população envolvida, ou seja, as gestantes RHD negativas. Objetivo: O presente estudo teve como finalidade analisar o número de imunoglobulinas administradas em gestantes RHD negativas e não aloimunizadas. Tal observação e análise é de suma importância uma vez que esse agravo não tenha números expressivos percentualmente na população de risco, gera custos e danos relacionados a mortes fetais, complicações neonatais e lesões neurológicas permanentes, portanto sua prevenção é imprescindível, assim como observar as taxas de administração do imunoprofilático. Material e métodos: Foram coletadas, retrospectivamente e de forma transversal, informações documentais sobre as taxas de administração da imunoglobulina anti-D dentro setor de Farmácia do Centro de Referência Estadual no Rio de Janeiro, Instituto Nacional da Criança, da Mulher, e do Adolescente Fernandes Figueira (IFF/FIOCRUZ) durante o período de 2009 à 2012. Resultado: Foi observado um aumento da administração da imunoglobulina anti-D ao longo dos anos analisados. Em 2009, foram administrados 91 imunobiológicos, já em 2010 foram vistas 100 aplicações do insumo, em 2011 seguimos com a tendência de aumento da administração com 103 imunoprofiláticos aplicados, e por fim em 2012 foram administradas 120 imunoglobulinas anti-D em gestantes RhD negativas. Discussão: A administração da imunoglobulina anti-D no Centro de Referência IFF/FIOCRUZ teve um aumento ao longo do período estudado. Contudo, são pertinentes mais análises e avaliações acerca do assunto, uma vez que este estudo inclui apenas um Centro, sendo necessária a inclusão de mais Centros de Referência envolvidos com o cuidado materno-infantil, bem como coletas mais recentes sobre as taxas de administração desse imunobiológico. É relevante também, verificar a rede de conversação municipal e estadual e como está a administração nos demais estados do Brasil. Conclusão: Um aumento da quantidade de administração da imunoglobulina anti-D foi observado ao longo dos quatro anos analisados nesse estudo. Tais resultados podem estar implicados a um aumento da disponibilidade e acesso do insumo, assim como a um maior conhecimento da condição tanto pela paciente quanto pelo profissional de saúde. Todavia, futuros estudos são necessários para corroborar essa tendência de aumento nos anos subsequentes no mesmo Centro e verificar a tendência em outros estados no mesmo período para assim, podermos ampliar a discussão sobre essa temática.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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