Journal Information
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S129 (October 2023)
Vol. 45. Issue S4.
HEMO 2023
Pages S129 (October 2023)
Full text access
RELATO DE CASO: SÍNDROME HIPEREOSINOFÍLICA SECUNDÁRIO A TOXOCARÍASE
Visits
1027
AMR Pinheiroa, RS Florêncioa, LMC Morenob, BA Freixedelob, MRX Frotab, AKA Arcanjoc
a Universidade Estadual do Ceará (UECE), Fortaleza, CE, Brasil
b Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil
c Centro Universitário INTA (UNINTA), Sobral, CE, Brasil
This item has received
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 45. Issue S4

HEMO 2023

More info
Objetivo

Abordar o diagnóstico diferencial de eosinofilia em um paciente com quadro clínico sugestivo de toxocaríase.

Material e métodos

Informações obtidas de dados do exame clínico, laboratorial, revisão de prontuário e revisão bibliográfica sobre o tema.

Resultados e discussão

Paciente do sexo masculino, 1 ano e 9 meses, natural e procedente de São Benedito-CE, previamente hígido, encaminhado ao serviço de referência com febre, tosse, dispneia e epistaxe. Paciente apresentou quadro de gastroenterite viral na história patológica pregressa e hábito de brincar no quintal de casa, em contato com o solo e animais de estimação. Ao exame físico, paciente apresentava abdome inocente sem linfonodos palpáveis. Na admissão, os achados do hemograma evidenciaram anemia microcítica e hipocrômica (Hb = 7,7 g/dL; Ht = 23,3%; VCM = 64,5fL; HCM = 21,3pg) e leucometria total de 35.000/mm3, com 53% de neutrófilos e 20% de eosinófilos. Foi necessário o monitoramento do paciente com hemogramas sequenciais e punção aspirativa de medula óssea. A avaliação morfológica do aspirado medular evidenciou hipercelularidade do setor granulocítico às custas de eosinófilo, e a imunofenotipagem com triagem para leucemia aguda não evidenciou o aumento de células imaturas. Fez uso de albendazol por 5 dias, e ao final da terapia anti-helmíntica, manteve os padrões do hemograma, com anemia microcítica e hipocrômica (Hb = 7,8 g/dL; Ht = 25,2%; VCM = 76,1 fL; HCM = 21,2 pg) e leucometria total de 41940, com 51% de eosinófilos. Levantando-se a hipótese de infecção por parasitas do gênero Toxocara, foi realizada a eletroforese de proteínas, que evidenciou hipergamaglobulinemia, sem pico monoclonal, e a pesquisa sorológica direcionada para o parasita revelou IgG positivo para Toxocara canis.

Conclusão

O conhecimento dos diagnósticos diferenciais de eosinofilia na infância é importante para direcionar o raciocínio clínico para quadros menos comuns. A infecção por parasitas do gênero Toxocara é um importante diagnóstico diferencial de eosinofilia na população pediátrica, que deve ser prontamente investigado, visando a um tratamento precoce adequado, para melhorar os desfechos clínicos.

Full text is only available in PDF
Download PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools