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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S231-S232 (Outubro 2021)
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PREVALÊNCIA DE AFECÇÕES HEMORRÁGICAS E OUTRAS DOENÇAS DO SANGUE E DOS ÓRGÃOS HEMATOPOIÉTICOS
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ACS Almeida, AVC Codeceira, AR Alves, FM Reis, FMN Souza, IOS Pereira, JMC Oliveira, LC Lins, LS Silva, NBA Miranda
Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS), Feira de Santana, BA, Brasil
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Objetivos

Descrever as internações hospitalares por afecções hemorrágicas e outras doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos no estado da Bahia, através da lista de morbidade do CID-10 (D65-D77) no período de 2010 a 2020, quanto aos custos de hospitalização, características sociodemográficas e mortalidade.

Metodologia

Trata-se de um estudo epidemiológico, descritivo e retrospectivo, de análise quantitativa, cuja fonte de dados foi o Sistema de Morbidade Hospitalar (SIH-SUS) do Ministério da Saúde, tabulados em gráficos e tabelas no programa Microsoft Excel 2016.

Resultados

Foram registradas 9.066 internações por afecções hemorrágicas e outras doenças do sangue e dos órgãos hematopoéticos no estado da Bahia, com um aumento de 103,97% de 2010 a 2019 e uma redução de 25,57% entre 2019 e 2020. O tempo médio de permanência nas internações foi de 8,0 dias, com diminuição de 22,5% no período analisado, e o valor médio por internamento foi de R$752,79. A taxa de mortalidade foi de 5,67 óbitos/100 internações, com maior letalidade para o sexo feminino (55,25%) e indivíduos com mais de 60 anos. Além disso, 51,14% das internações ocorreram no sexo feminino e 35,7% ocorreram na cor parda. A faixa etária predominante foi de 1-4 anos (17,14%) seguida de 5-9 anos (11,9%). Ademais, 85,5% das internações possuíam caráter de urgência.

Discussão

A classificação das afecções hemorrágicas e outras doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos compreende um grupo vasto de enfermidades que possuem, muitas vezes, etiologia, quadro clínico, diagnóstico, tratamento e prognóstico diferentes. No período analisado, houve um aumento expressivo no número de internações por essas doenças e foi possível observar sua relevância tanto para o público entre 1-9 anos, em que nota-se a maior incidência de casos, quanto para o público com mais de 60 anos, já que essas enfermidades em questão, comumente, têm a taxa de mortalidade aumentada conforme o avanço da idade. A alta prevalência em pessoas pardas não se configura como fora do normal, por conta da constituição étnica majoritária do país e, principalmente, do estado da Bahia. Os dados que diferenciam as internações por sexo não são significativas já que a doença não se relaciona diretamente com essa variável. Além disso, o fato de a maior parte dos internamentos possuir caráter de urgência denuncia o diagnóstico tardio, o que pode estar relacionado com a elevada taxa de mortalidade.

Conclusão

Diante disso, as estratégias de diminuição da incidência das afecções hemorrágicas e outras doenças do sangue e dos órgãos hematopoiéticos relacionam-se diretamente ao diagnóstico precoce e diferencial, a partir da compreensão das alterações clínicas e laboratoriais compatíveis com as características de cada doença. Isso pode ser realizado através de uma anamnese bem feita juntamente com interpretação dos exames laboratoriais, sem dispensar a necessidade da orientação e do acompanhamento após o estabelecimento do diagnóstico.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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