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Vol. 42. Issue S2.
Pages 426 (November 2020)
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VALIDAÇÃO DO PROCESSAMENTO DAS CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOÉTICAS DO SANGUE PERIFÉRICO PARA TRANSPLANTE AUTÓLOGO
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K.L. Prata, A.P.C. Funes, J.R. Luz, L.A. Costa, M.D.S.B.S. Furtado, M.C. Martins, N.G. Cruz, P.R.M.P. Pederzoli, R.K. Andrade, M.R.I.S. Libânio, A.R. Belisário
Fundação Hemominas, Centro de Tecidos Biológicos de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Introdução: A RDC 214/2018 determina que “as ações da Garantia da Qualidade devem assegurar a validação dos processos críticos do Centro de Processamento Celular (CPC) e o monitoramento dos parâmetros críticos estabelecidos e aprovados pelo respectivo processo de Validação”. No nosso CPC, optamos pela validação concorrente da técnica de processamento de células progenitoras hematopoéticas do sangue periférico (CPH-SP), em conjunto com o início das nossas atividades em 05/2014. Após a validação, monitoramos os parâmetros críticos do processo por meio de indicadores específicos e estamos avaliando a transição desse monitoramento para o plano mestre de validação. Objetivo: Foi avaliar se os parâmetros críticos definidos no protocolo de validação do processamento de CPH-SP foram alcançados garantindo conformidade ao procedimento realizado na rotina do CPC. Material e métodos: Foi realizada análise retrospectiva dos dados dos produtos criopreservados e armazenados pelo CPC entre 05/14 e 12/19. Os parâmetros iniciais foram definidos conforme dados de outros CPC e comtemplaram: 1) celularidade em cada bolsa contendo CPH-SP após adição da solução crioprotetora ≤ 500×106/mL em 90% dos casos; 2) tempo de adição da solução crioprotetora entre 5–10 minutos em ≥ 75% dos casos; 3) tempo entre a adição da solução crioprotetora e o início da criopreservação ≤ 30 minutos em 80% dos casos e ≤ 40 minutos em 95% dos casos; 4) avaliação da recuperação de células nucleadas por meio da quantificação da perda celular no plasma ≤ 5% em 100% das bolsas; 5) teste microbiológico negativo em 90% das amostras pré e pós-processamento; 6) tempo de enxertia de neutrófilos ≤ 15 dias. Resultados: Foram recebidas para processamento 944 bolsas. Dessas, 312 foram processadas em pool e 632 isoladamente o que resultou em 788 processamentos visando a criopreservação de CPH-SP para uso autólogo. Os resultados obtidos foram: 1) celularidade em cada bolsa contendo CPH-SP após adição da solução crioprotetora ≤ 500×106/mL em 714 (90,6%) procedimentos; 2) tempo de adição da solução crioprotetora entre 5–10 minutos em 771 (97,8%) procedimentos sendo 710 (90,1%) entre 7–10 minutos; 3) tempo entre a adição da solução crioprotetora e o início da criopreservação ≤ 30 minutos em 773 (98,1%) e ≤ 40 minutos em 786 (99,8%) dos procedimentos; 4) avaliação da recuperação de células nucleadas por meio da quantificação da perda celular no plasma ≤ 5% em 781 (100% do total de dados recuperados) sendo 465 (59,5%) ≤ 1%; 260 (33,3%) > 1 e ≤ 2%; 41 (5,3%) > 2 e ≤ 3%; 14 (1,8%) > 2 e ≤ 4,1% dos procedimentos; 5) teste microbiológico negativo em 767 (97,3%) das amostras pré e pós-processamento; 6) tempo de enxertia de neutrófilos ≤ 15 dias (n=473) em 462 (97,7%) transplantes, sendo 430 (90,9%) ≤ 12 dias; 32 (6,8%) > 12 e ≤ 15 dias; 8 (1,7%) > 15 e ≤ 20 dias; 3 (0,6%) > 21 dias. Discussão: Os parâmetros considerados críticos para o processamento de CPH-SP foram alcançados, indicando que os procedimentos realizados no CPC estão em conformidade com a legislação e com o praticado por outros CPC. A literatura sobre o objeto de estudo é escassa, sendo importante o compartilhamento desse tipo de informação entre os serviços para comparação e padronização. Conclusão: Os critérios de aceitação da validação foram alcançados e os dados apresentados são consistentes, robustos e reprodutíveis.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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