Journal Information
Vol. 43. Issue S1.
Pages S408 (October 2021)
Share
Share
Download PDF
More article options
Vol. 43. Issue S1.
Pages S408 (October 2021)
Open Access
UTILIZAÇÃO DE HEMOCOMPONENTES EM PESSOAS ACOMETIDAS PELA COVID-19, EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Visits
1288
FMGC Bandeiraa,b, KB Fonsecaa,b, VL Xavierc,d, MC Horaa, LSD Santosa
a Disciplina de Hematologia e Hemoterapia, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Hospital Universitário Pedro Ernesto, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Departamento de Estatística, Instituto de Matemática e Estatística, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
d Programa de Pós-Graduação em Ciências Computacionais, Instituto de Matemática e Estatística, Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
This item has received

Under a Creative Commons license
Article information
Special issue
This article is part of special issue:
Vol. 43. Issue S1
More info
Objetivos

Diante de uma doença viral  desconhecida e de alto impacto sobre o sistema de saúde, este estudo visou analisar o perfil transfusional em portadores da COVID-19, no Hospital Universitário Pedro Ernesto- UERJ, referência para atendimento de casos graves.

Material e métodos

Trata-se de estudo descritivo, transversal, observacional, realizado entre abril a julho/2020 (primeira onda) e janeiro a junho/2021 (segunda onda). Foram incluídos todos os casos de COVID-19, internados no HUPE, tanto em unidade fechada quanto em enfermarias. Adultos e crianças. As variáveis analisadas foram tipo de hemocomponentes, indicações, comorbidades, suporte ventilatório e hemodiálise, tipagem sanguínea e reação transfusional. A partir de revisão de prontuário eletrônico e consulta ao banco de dados do serviço de Hemoterapia do HUPE, foram obtidas as frequências simples das variáveis estudadas. O estudo foi aprovado pela CEP do HUPE, sob o CAAE 31421620.7.1001.5259.

Resultados

Foram analisados 560 e 328 pacientes na primeira e segunda onda, respectivamente. Destes 19,7% (n = 110) e 22% (n = 72) receberam transfusão nos respectivos grupos. Na primeira e segunda ondas, concentrado de hemácias (CH) foi o hemocomponente mais utilizado (80% e 73%) e plasma fresco congelado (PFC) o segundo mais frequente (26,3% e 10,6%). Anemia e sangramento foram as principais causas para indicação de transfusão. Na primeira onda, 32 pacientes transfundidos tinham HAS e DM e os demais apresentavam estas isoladas, ou associadas a outras comorbidades. Ventilação mecânica e hemodiálise simultâneas, foram observadas em 36 dos pacientes transfundidos (32,7%) na primeira onda onde predominaram os tipos sanguíneos O (n = 45; 40,9%) e A (n = 40; 36,3%). Na segunda onda, a média de idade foi de 57,7 anos, sendo HAS e DM as comorbidades mais prevalentes. Não houve notificação de reação transfusional em nenhum dos grupos.

Discussão

Tem sido observado uma “síndrome anêmica” em pacientes com COVID-19 sendo relatado em diversos estudos, a necessidade de reposição de CH. O uso de PFC, foi utilizado para eventos hemorrágicos ou na vigência de discrasia sanguínea, porém na primeira onda, havia um estudo sobre uso de plasma convalescente no HUPE, o que pode ter sido um viés na quantificação do uso de plasma, nesta fase. A não realização de busca ativa nas unidades COVID-19, e a não notificação ativa pelos prescritores, pode justificar a ausência de notificação de reação transfusional.

Conclusão

A indicação de transfusão na COVID-19, tem sido baseada nas mesmas indicações para pacientes críticos. São necessários estudos analíticos para a construção de conhecimento transfusional na COVID-19, comparando-a com outros grupos de pacientes graves.

Full text is only aviable in PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Article options
Tools