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Vol. 42. Issue S2.
Pages 425-426 (November 2020)
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USO DO ENSAIO CLONOGÊNICO DE PROGENITORES HEMATOPOÉTICOS CRIOPRESERVADOS E SUA RELAÇÃO COM O ENSAIO DE VIABILIDADE DE CÉLULAS CD34+ POR 7-AAD
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C.A. Monteiro, A.S.C.P. Campos, G.C. Silva, R.M. Melo, F.L. Costa, T.L. Pereira, T.S. Lima, A. Maiolino, R. Schaffel, H.D.S. Dutra
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de janeiro, RJ, Brasil
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Objetivos: O ensaio clonogênico quantifica e qualifica Células Progenitoras Hematopoiéticas (CPH) de produtos celulares usados no Transplante de Células Progenitoras Hematopoiéticos (TCPH). A formação de colônias neste ensaio avalia a capacidade proliferativa das células progenitoras, porém este é um ensaio que sofre influência de vários fatores, e ainda não há uma padronização interinstitucional. A viabilidade das células CD34+ por ensaio em citometria de fluxo com 7-AAD é um teste de mais fácil e rápida aplicação, porém a correlação dos resultados gerados pelo uso destes ensaios precisa ser melhor investigada. O objetivo deste trabalho foi avaliar a correlação entre o ensaio de viabilidade com 7-AAD por citometria de fluxo e resultado de CFU-GM em células descongeladas para TCPH. Material e métodos: Realizou-se um levantamento de resultados de 45 amostras de pacientes submetidos ao esquema de mobilização de CPH, para posterior realização de TCPH autólogo. Destes, 10 pacientes tinham como doença de base Linfoma de Hodgkin ou Linfoma Não Hodgkin e 35 tinham Mieloma Múltiplo. Comparou-se amostras de até duas aféreses, de produtos pré e pós criopreservação. O ensaio de viabilidade das células CD34+ descongeladas foi realizado por citometria de fluxo através da análise da expressão do marcador 7AAD. O ensaio clonogênico foi feito em duas camadas: a camada base – que contém meio de cultura celular, soro fetal bovino e ágar, e a camada celular – que além destes componentes, recebe a adição do meio condicionado da linhagem 5637, como fonte de fatores de crescimento hematopoiéticos. Foram plaqueadas 2000 células CD34+ no teste pré congelamento e 4000 células CD34+para amostras descongeladas. As culturas foram mantidas em estufa a 37°C, com 5% CO2 durante 14 dias. Colônias com mais de 50 células foram quantificadas em microscópio invertido. Para estabelecer a relação entre células CD34+ e CFU-GM, utilizamos a quantificação de células CD34 recomendada pela ISHAGE. Os dados foram analisados pelo GraphPadPrism versão 5. Resultados: Quando comparado o percentual de células CD34+ em amostras pré congelamento com os resultados de CFU-GM por 105 células, observou-se uma correlação direta – R Spearman de 0,63 (p<0,0001). A mediana da taxa de viabilidade de células CD34+ pós descongelamento foi de 60,36% (3,85–98,11) e a de recuperação de CFU-GM foi de 35,53% (7,6–181,6). Na comparação entre a taxa de viabilidade das células CD34+ pós descongelamento e a taxa de recuperação de CFU tal correlação não foi evidenciada – R Spearman -0,1698 (p=0,3449). Análise pelo teste t pareado não evidenciou relação estatisticamente significativa (p=0,7341) entre esses dois parâmetros no descongelamento. Discussão: Não há consenso de que a análise de viabilidade de células CD34+ pós descongelamento seja garantia de capacidade proliferativa destas células. Segundo nosso estudo, limitado pela casuística, o teste de viabilidade de células CD34 pós descongelamento não pode ser substitutivo para o ensaio de proliferação celular em produtos descongelados. Conclusão: A correlação positiva entre a taxa de células CD34 e CFU foi confirmada em amostras de produtos de aférese pré congelamento, entretanto, a taxa de viabilidade das células CD34 não apresentou correlação com a taxa de recuperação de CFU em amostras de produtos de aférese pós congelamento.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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