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Vol. 42. Issue S2.
Pages 280 (November 2020)
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USO DA LENALIDOMIDA NO TRATAMENTO DO MIELOMA MÚLTIPLO – DADOS DE VIDA REAL DE UMA CLÍNICA PRIVADA NO RIO DE JANEIRO
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R. Cunha, C. Monero, P.N. Silva, T.S. Almeida
Grupo Oncoclínicas, Belo Horizonte, MG, Brasil
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Objetivo: Avaliar perfil, taxas de resposta e evolução dos pacientes tratados com lenalidomida em uma clínica privada no Rio de Janeiro. Materiais e métodos: Foi realizada análise retrospectiva em prontuários de pacientes que utilizaram lenalidomida em monoterapia ou associado a outras drogas em uma clínica oncológica privada. Os pacientes foram avaliados quanto ao tratamento realizado, taxa de resposta e progressão de doença. Resultados: Entre 27 de agosto de 2018 e 12 de junho de 2020, 37 pacientes iniciaram tratamento para mieloma múltiplo com uso de lenalidomida. Oito pacientes (21%) realizaram tratamento de 1̊linha, 5 (14%) realizaram manutenção e 24 (65%) realizaram tratamento para doença recidivada ou refratária. A mediana de idade foi 73 anos (variando entre 45 e 88 anos). Entre os pacientes de 1̊linha, um foi considerado elegível para transplante autólogo de medula óssea (66 anos) e os outros 7 pacientes apresentavam mediana de idade de 75 anos (variando entre 73 e 83 anos). O tratamento de manutenção pós transplante foi realizado em 5 pacientes com mediana de idade de 67 anos (variando entre 58 e 69 anos). Entre os recaídos e refratários a mediana de idade foi 73,5 anos (variando entre 45 e 88 anos). Nesse grupo de pacientes a mediana de linhas prévias foi de 2 (variando de 1 a 7 linhas). Dentre os protocolos utilizados na primeira linha, um paciente utilizou DRD e os outros 7 pacientes utilizaram o protocolo VRD. Entre os pacientes com doença recidivada ou refratária 14 (56%) utilizaram o protocolo DRD, 6 (24%) IRD, 2 (8%) KRD e 2 (8%) RD. A taxa de resposta foi de 86%, sendo 60% de resposta parcial muito boa ou melhor e 35% de resposta completa rigorosa (com normalização das cadeias leves livres). Entre os pacientes que utilizaram a lenalidomida no tratamento de 1̊ linha a taxa de resposta foi de 100% e 85% de resposta completa rigorosa. Dos pacientes que fizeram manutenção 3 (60%) tiveram resposta completa rigorosa e 2 (40%) atingiram resposta completa. Nos pacientes com doença recidivada ou refratária a taxa de resposta foi de 80% com 40% de resposta parcial muito boa ou melhor e 16% de resposta completa rigorosa. Trinta e três pacientes (78%) encontram-se livres de progressão ou morte. A mediana de tempo de tratamento é de 10 meses. A progressão de doença e os óbitos ocorreram apenas nos pacientes com doença recaída e/ou recidivada. Todos os pacientes de primeira linha e na fase de manutenção encontram-se em remissão. Discussão: No Brasil a lenalidomida foi aprovada para uso no mieloma múltiplo em todas as linhas de tratamento, mas como ela não está incorporada ao rol da ANS, ainda há uma deficiência no acesso. Apresentamos dados de uma clínica privada do Rio de Janeiro e verificamos altas taxas de resposta, confirmando na vida real os bons resultados obtidos nos estudos clínicos. Verificamos ainda que em linhas precoces de tratamento o uso da lenalidomida traz melhores resultados. Conclusão: Dados de vida real da lenalidomida em uma clínica privada do Rio de Janeiro trouxe resultados satisfatórios, confirmando essa droga como boa opção de tratamento em 1̊linha, manutenção e associado a outras drogas em esquemas para doentes recaídos e/ou recidivados.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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