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Vol. 42. Issue S2.
Pages 278-279 (November 2020)
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ÚLCERA TERMINAL DE KENEDY UTK EM PORTADOR DE MIELOMA MÚLTIPLO INTERNADO EM UNIDADE DE TERAPIA INTENSIVA: RELATO DE CASO
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R.N. Bernardoa, V.M.S. Moraesa, N.M.R. Giminob, A.S. Santosb, M.M. Silvaa, M.R.S. Cavalcantia, S.E.L.A.A.E. Silvaa, S.C.C. Pinheiroa, S.L.A.C. Silvaa, V.A. Bezerraa
a Faculdade de Ciências Humanas de Olinda (FACHO), Olinda, PE, Brasil
b Fundação de Hematologia e Hemoterapia de Pernambuco (Hemope), Recife, PE, Brasil
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Lesões por pressão (LPP) são desencadeadas por agentes mecânicos externos, como: pressão, fricção, cisalhamentos e umidades, comprometendo a integridade cutânea levando a destruição tecidual localizada. Estão associadas à mobilidade e estado nutricional reduzidos, peso corpóreo, incontinência fecal e urinária, e baixo suprimento sanguíneo. A Úlcera Terminal de Kennedy (UTK) é uma lesão que acomete pacientes que estão em processo de finitude da vida. Notificada pela primeira vez em 1983 por Karen Kennedy em uma Unidade de Cuidados Intermediários do Byron Health Center, Estados Unidos. Seu início é repentino, a deterioração do tecido acontece rapidamente, no decorrer de um único dia, iniciando logo após síndrome de disfunção múltipla de órgãos. O Mieloma múltiplo (MM) é uma neoplasia progressiva e incurável de linfócitos B, caracterizada pela proliferação desregulada e clonal de plasmócitos na medula óssea (MO), os quais produzem e secretam imunoglobulina (Ig) monoclonal. As consequências fisiopatológicas do avanço da doença incluem: destruição óssea, falência renal, supressão da hematopoiese e maior risco de infecções. Representa 1% de todas as neoplasias malignas, sendo a segunda neoplasia hematológica mais comum. O aumento da incidência do MM nos últimos anos relaciona-se ao maior conhecimento da história natural da doença e sua patogênese, à melhora dos recursos laboratoriais, aumento da expectativa de vida mundial e à exposição crônica a agentes poluentes. Em 13/03/2018: Relato de caso de portador de MM, no dia 13/03/2018 internada na unidade de terapia intensiva do Hospital Hemope, referência em doenças oncohematologica de Recife-PE. Paciente M.G.S. sexo feminino, 73 anos, Portadora de Mieloma Múltiplo, DPOC exacerbada, tabagista, HAS, CMV + (Nov.2016). Em 2014 fez quimioterapia com Vincristina, Ciclofosfamida, Dexametasona (VCD); Melfalano, Talidomida, Prednisona (MTP). Em 18/03/2018, identificou-se (LPP), com característica de UTK, acompanhado a evolução da lesão, e gravidade da paciente. Leito da lesão apresentado abrasão, flictenas, categorias II ou áreas escurecidas (Preto); com bordas irregulares e formato de pera a borboleta, após o aparecimento da lesão ocorreu uma piora drástica em 48 horas. No dia 20/03/2018, não tolerava reposicionamento no leito pela instabilidade hemodinâmica. Dia 21/03/2018, a lesão evoluía de tamanho e as bordas tornavam-se mais irregulares ao mesmo tempo que a paciente se agravava. Em 22/03/2018, apresentou quadro de instabilidade hemodinâmica, evoluindo para parada cardiorrespiratória não responsiva às manobras de reanimação cardiopulmonar, constatado óbito às 10h e 40 min. Após o aparecimento da lesão ocorre uma piora drástica em 48 horas, e torna a expectativa máxima de vida do paciente de até seis semanas. É constatado que a UTK evento que necessita ser distinguida, estudada e notificada para desenvolvimento de diretrizes levando a uma melhor qualidade na assistência prestada. Saber identifica-la é um diferencial, pois registros sobre a UTK podem categorizar o fenômeno e fornecer conhecimentos proporcionando maior qualidade na assistência de enfermagem. Conclusão: É imprescindível que o enfermeiro busque aprimorar o seu conhecimento, uma vez que o papel do enfermeiro é prestar cuidados, com abordagem paliativa, conduzindo o doente em estado terminal.

Palavras-chave: Úlcera de Kennedy; Unidade de Terapia Intensiva; Mieloma múltiplo.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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