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Vol. 42. Issue S2.
Pages 353-354 (November 2020)
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Vol. 42. Issue S2.
Pages 353-354 (November 2020)
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AVALIAÇÃO DOS NÍVEIS DE HEMOGLOBINA GLICADA (HBA1C) EM DOADORES DE SANGUE DE PRIMERIA VEZ POR CROMATOGRAFIA LÍQUIDA DE ALTA EFICIÊNCIA (HLPC)
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S.T. Alves, A.C. Cruz, S.C. Sales, T.S. Furuko, J.S.R. Oliveira
Hospital Santa Marcelina, São Paulo, SP, Brasil
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Objetivos: Analisar em doadores de sangue a % de hemoglobina glicada e o perfil entre os que apresentaram resultados acima do valor de referência. Em nosso serviço, para pesquisa de hemoglobinas anormais utilizamos HPLC (cromatografia líquida de alta performance); esse método também mostra a % de hemoglobina glicada (HbA1c) que avalia os níveis médios da glicose nos últimos 2–3 meses. Material e métodos: Analisamos a % de HbA1c nos doadores de 1ªvez entre 01/12/2019 a 07/12/2019. Destes, os resultados alterados foram analisados quanto ao sexo, idade e índice de massa corpórea (IMC). Resultados: No período, amostras de 505 doadores de 1ª vez foram submetidos à HPLC, o valor de HbA1c de referência é abaixo de 6%. Houve 147 amostras alteradas (29,1%), 73 masculinos (49,7%) e 74 femininos (50,3%). Entre esses 147 doadores, o valor de HbA1c variou de 6,0%–13,8%, a maioria dos doadores ficou entre 6%–6,4% (129; 88%), entre 6,5–7,0 houve 10 (7%) doadores, entre 7,2%–8,8%, 5 (3%) e 3 doadores masculinos (2%) entre 10,2–13,8. Por idade, a distribuição entre os doadores com HbA1c alterada foi: 3 doadores < de 18 anos (2%), 42 entre 18–29 anos (29%), 40 entre 30–39 anos (27%), 37 entre 40–49 anos (25%), 21 entre 50–59 anos (14%) e 4 doadores entre 60–70 anos (3%). O IMC variou de 17 a 54, sendo que 2 doadores tinham IMC menor que 18,5; 46 (31%) tinham IMC normal entre 18,5–24,9; com IMC entre 25–29,9, na faixa de sobrepeso, 60 (41%); com IMC entre 30–34,9, obesidade grau I, 21 (14%), com IMC entre 35–39,9, obesidade grau II, 12 (8%); com IMC entre 30–34,9, obesidade grau III ou mórbida, 6 doadores (4%). O doador com o maior IMC, 54, pesava 154 kg, altura 1,68 m, feminino, HbA1c 6,5%, e no dia da doação pressão arterial 130/80 mmHg, sem relatos de morbidades na triagem. Entre os 18 doadores com hemoglobina glicada igual ou maior que 6,5% apenas um tinha IMC normal de 22, outros 9 (50%) estavam com sobrepeso, 4 obesidade grau I, 1 obesidade grau II e 3 obesidade grau III. Durante a triagem dos 147 apenas 1 doador mencionou diabetes mellitus em uso de metformina, outros 115 doadores (78%) não mencionaram patologias, 11 (7%) citaram hipertensão com ou sem associação a outras doenças, 6 doadores (4%) referiram problemas de vesícula biliar, varizes ou joelho, 3 doadores (2%) hipotireoidismo, 2 (1%) outras patologias, e 8 mulheres (5%) citaram uso de anticoncepcional. Discussão: Uma série de exames são realizados no sangue doado, entre eles, pesquisa de hemoglobina S, e cada banco de sangue escolhe o método. Uma das opções é cromatografia líquida de alta eficiência – CLEA ou HPLC (High Performance Liquid Cromatography) capaz de analisar as hemoglobinas, inclusive a hemoglobina glicada. Hemoglobina glicada é um conjunto de substâncias formadas entre a hemoglobina A (HbA) e alguns açúcares. HbA1c é encontrada em adultos não diabéticos na proporção de 1% a 4%, os valores normais de referência vão de 4% a 6%. HbA1c > 7% está associada a risco maior de complicações. Neste estudo, entre os doadores com taxas mais altas de HbA1c, encontramos índice maior de IMC e patologias associadas as síndromes metabólicas. Conclusão: A automatização dos exames com múltiplos parâmetros traz desafios no manejo dos doadores de sangue. Testes de triagem tem alta sensibilidade e especificidade menor, podendo gerar falso-positivo, por outro lado, a identificação de doadores com potencial risco a saúde possibilita adoção de medidas de prevenção.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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