Objetivos: O linfoma não Hodgkin (LNH) é um tipo de câncer que possui origem nas células do sistema imunológico e se manifesta predominantemente com linfadenopatia ou tumores sólidos. Sua principal apresentação é a linfadenopatia indolor persistente, mas alguns pacientes também podem apresentar sintomas constitucionais, como sudorese noturna, febre persistente e perda de peso inexplicável. O diagnóstico, por sua vez, é estabelecido por biópsia de tecido. Embora o tratamento em alguns pacientes com linfoma possua boa resposta e alguns possam ser curados, muitos subtipos de linfoma são tratáveis, mas não curáveis. Desta forma, este trabalho tem como objetivo analisar os dados epidemiológicos da prevalência de casos de LNH no estado do Rio Grande do Norte (RN), ajudando as gestões hospitalares à tomarem melhores abordagens no diagnóstico e terapêutica desta doença. Materiais e métodos: Coleta observacional, descritiva e transversal dos dados disponíveis no Datasus de junho/2016 a junho/2020, no RN e avaliação do número de internações e de óbitos(até 2018), assim como a distribuição de dados quanto à etnia e ao sexo. Resultados: No período avaliado, houveram 1.411 internações no estado do Rio Grande do Norte por LNH, o que corresponde a 9,8% do total dos casos do Nordeste. Quanto ao sexo, 60,7% das internações ocorridas no estado, são do sexo masculino. Além disso, a prevalência em homens e mulheres aumentou progressivamente nas faixas de 20 a 29 anos e 50 a 59; sendo esta última a faixa etária mais acometida, com 18,3%. Com relação à raça dos acometidos, houve predomínio da parda, com 65%. Ademais, no período entre 2016 e 2018 (visto que não havia dados de 2018 a 2020), ocorreram 202 óbitos por LNH no estado, com a faixa de 70 a 79 anos mais acometida, com 26,7%. Discussão: A partir desta pesquisa, foi possível avaliar que o RN é o 5°estado com maior proporção de internações por LNH e corresponde à 2% dos casos internados do país. Além disso, fica evidente que os jovens entre 20 e 29 anos, adultos entre 50 e 59 anos e pessoas de raça parda, são aqueles mais acometidos pela doença. Conclusão: Desse modo, faz-se necessário que a gestão dos hospitais que recebem os pacientes com LNH se conscientizem da epidemiologia de internação no estado e realizem o manejo ideal dos pacientes com diagnóstico patológico preciso, estadiamento correto e identificação de fatores de pior prognóstico. Com isso, será possível identificar o estado da doença no paciente e fornecer terapêutica precoce individualizada na tentativa de diminuir as internações e óbitos pelo Linfoma não Hodgkin.