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Vol. 42. Issue S2.
Pages 374-375 (November 2020)
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ANÁLISE DA IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE RESERVA CIRÚRGICA DE HEMOCOMPONENTES NO HOSPITAL GERAL DA UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL
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F.M. Aguiara, G.L. Dendenaa, S. Scheuera, F.D.S. Gobbatoa, M.T.S. Marcondesb, M.A. Leitea, M. Moreirab, R.M. Rodriguesb
a Universidade de Caxias do Sul (UCS), Caxias do Sul, RS, Brasil
b Agência Transfusional do Hospital Geral, Caxias do Sul, RS, Brasil
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Objetivo: Analisar o impacto da implantação do Protocolo de Reserva Cirúrgica de Hemocomponentes no Hospital Geral de Caxias do Sul. Métodos: Revisão do Protocolo de Reserva Cirúrgicas, analisando sua aplicabilidade e objetivos. Resultados: Após a implantação do Protocolo de Reserva Cirúrgica de Hemocomponentes em novembro de 2018 houve um melhor controle sobre as transfusões realizadas no Hospital Geral, além de maior organização por parte da Agência Transfusional e conscientização mais efetiva da equipe médica acerca do uso racional de hemocomponentes. A alta taxa de adesão por parte da equipe cirúrgica ao protocolo, 96,5% a 100%, possibilitou a redução do descarte de bolsas de hemocomponentes, que ficou em 5,28%, assim como a disponibilização de hemocomponentes para os pacientes cirúrgicos com mais brevidade garantindo a segurança do paciente. Discussão: O Protocolo de Reserva Cirúrgica de Hemocomponentes visa orientar os profissionais da equipe médica em relação a prescrição de hemocomponentes, sendo aplicado a todos os pacientes que necessitarem algum tipo de intervenção cirúrgica durante a internação hospitalar. Em relação à metodologia do protocolo, o número de bolsas indicadas para cada procedimento foi calculado pelo índice de pacientes transfundidos (IPT): IPT= n° de pacientes transfundidos ×100 n° de cirurgias realizadas. À vista disso, ele determina que os pacientes cirúrgicos sejam classificados em três grupos: o primeiro grupo tem baixa complexidade cirúrgica e não requer nenhuma ação em relação ao protocolo; o segundo grupo tem risco baixo de necessidade de transfusão de hemocomponentes e requer apenas tipagem sanguínea; já o terceiro grupo tem a perda sanguínea estimada em 20%–30% da volemia e necessita de bolsas reservadas com prova cruzada previamente à cirurgia. Tem aplicação em mais de 250 procedimentos cirúrgicos nas áreas de cirurgia bariátrica, cardíaca, geral, ginecológica, neurológica, oncológica, otorrinológica, proctológica, torácica e vascular. Além disso, de modo geral, a transfusão de hemácias está indicada durante o ato cirúrgico quando a perda sanguínea for maior que 500 ml ou quando houver sinais de hipóxia decorrente de perda aguda de sangue, tal como quando o paciente apresentar sangramento antes da cirurgia, sendo imprescindível a avaliação sobre a origem e volume estimado de perda sanguínea. Conclusão: Protocolo de Reserva Cirúrgica do Hospital Geral visa sobretudo a segurança dos pacientes cirúrgicos, o uso racional dos hemocomponentes, além de permitir à Agência Transfusional uma melhor gestão dos estoques de hemocomponentes. Dessa forma, a implantação do protocolo trouxe otimização das transfusões realizadas no Bloco Cirúrgico, contribuindo para redução no tempo de atendimento dos pacientes, minimização das solicitações em caráter de emergência no transoperatório, garantido segurança transfusional à instituição. O referido protocolo necessita ser reavaliado continuamente em parceria com as equipes cirúrgicas e os profissionais envolvidos demandam capacitações periódicas de modo a assegurar os excelentes índices de adesão ao mesmo.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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